Projetos Expedição IFSULDEMINAS

Confira os projetos realizados no Programa Expedição IFSULDEMINAS 

As atividades foram executadas por estudantes e servidores do IFSULDEMINAS em municípios de Minas e São Paulo

 - Edital 47/2017

- Confira o encerramento do Programa Expedições

Ações sustentáveis em Bom Repouso

“Ações, práticas sustentáveis e seus novos paradigmas no município de Bom Repouso” foi o projeto coordenado pela professora Lêda Gonçalves Fernandes, do Campus Machado. As ações foram realizadas a partir de três tópicos principais: Agricultura sustentável; Alimentação saudável; e Boas práticas de administração. Foram realizados minicursos e palestras sobre diversos temas e para diferentes públicos.

As merendeiras das escolas públicas do município aprenderam a preparar uma alimentação mais prática e saudável, puderam entender a importância das plantas medicinais e do cultivo de hortas, e aprenderam, ainda, sobre economia solidária, melhor aproveitamento dos alimentos, prática de yoga e técnicas de massagem.

Outra ação realizada foi um curso de manejo integrado de pragas e doenças do morangueiro ministrado a produtores no bairro rural da Capelinha, em Bom Repouso. Durante três dias, cerca de 30 produtores, entre homens e mulheres, foram frequentes ao curso. Eles aprenderam diversas técnicas para o manejo mais sustentável e rentável em suas propriedades. O interesse dos produtores pelas discussões possibilitaram um conteúdo mais rico. Para o produtor J. Mariano, o curso foi muito importante, “esclareceu minhas dúvidas e mudou as ideias que eu tinha do uso de agrotóxicos. Eles são perigosos, os ácaros predadores são uma ótima alternativa”. Ao final, todos os participantes receberam certificados.

Uma palestra ministrada para cerca de 200 pessoas abordou relacionamento interpessoal e trabalho em equipe. A ação foi realizada em quatro seções para agentes públicos de saúde, professores de escolas públicas municipais e estaduais e servidores do setor de saúde da Prefeitura de Bom Repouso. Cerca de 50 crianças participaram de uma gincana cultural proposta pela assistente social, ressaltando as diferentes habilidades de cada criança.

Um curso sobre plantas medicinais atendeu 15 adultos e 150 crianças. A ação foi finalizada com plantio de mudas de diversas espécies e de plantas medicinais para, posteriormente, ser montada uma horta vertical na escola. Para a terceira idade, o curso foi ministrado em uma roda de conversa, na qual todos puderam contar suas experiências com plantas medicinais. O curso foi finalizado com instalação de uma horta no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) da cidade.

Incentivando a cultura na cidade de Campanha

O projeto “IF Cultura Afora” foi coordenado pela bibliotecária Heliese Fabrícia e executado pela equipe de estudantes do Campus Poços de Caldas na cidade de Campanha. Foram realizadas atividades artísticas, culturais e educativas, tais como oficina de desenho, de oralidade e de contação de histórias, GIFs literários, artes cênicas e corporais e exibição de curta-metragens. As atividades alcançaram aproximadamente 670 alunos da rede pública de ensino de Campanha. O violeiro Pedro Carreiro encantou a todos com modas de viola tradicionais e puxou o coro do público presente na Praça Dom Ferrão.

Os alunos das escolas estaduais Dom Inocêncio e Zoroastro de Oliveira foram agraciados com a exibição dos vídeos amadores produzidos para o “Abacaxi de Ouro”, festival de cinema amador escolar, realizado anualmente pelo Campus Poços de Caldas. Para divulgar o concurso “Arte de Caderno”, tantos os estudantes das escolas Dom Inocêncio e Zoroastro de Oliveira como da Escola Municipal Dom Othon Motta foram incentivados a resgatar desenhos feitos de forma espontânea, geralmente, nas últimas páginas de cadernos, agendas e provas e inscrever no concurso.

Os contadores de histórias e instrutores do projeto de extensão do Campus “Tem conto: conto de todos os cantos”, Lúcia Albino e Rodrigo Peres estimularam as crianças a imaginar, cria e instigar a curiosidade ao contar histórias. À noite, ofereceram uma minioficina de “Musicalização na contação de histórias” para professores da rede pública de ensino, monitores de creches, donas de casas, acadêmicas do curso de Pedagogia.

As ações realizadas apoiaram o “Festival de Inverno” da cidade e contribuíram para o encerramento do semestre nas escolas públicas, ao promover atividades educacionais, lúdicas e/ou recreativas para os alunos. Desse modo, as demandas levantadas pela Secretaria Municipal de Cultura, Esporte, Turismo e Lazer do município foram atendidas. Ao longo da semana, os expedicionários tiveram a oportunidade de vivenciar experiências que contribuíram para o desenvolvimento e o fortalecimento da cidadania de cada um, e promoveram a aproximação com a comunidade local.

O encerramento do programa Expedição e da participação da Caravana “IF Cultura Afora” ocorreu na sexta-feira, dia 14 de julho, com apresentação de coreografias inéditas sincronizadas e executadas pelo grupo de dança de rua de Poços de Caldas, The Power Music Dance, que esbanjou talento na Praça Dom Ferrão.

Valorização cultural da cidade de Cássia

A equipe coordenada pelo professor Thiago Bernardes Jorge, do Campus Machado, realizou o projeto “Resgate do conhecimento popular para a valorização cultural da cidade de Cássia-MG”. Alguns alunos já tinha participado do programa Expedição em 2016, na cidade de Luminárias, e trouxeram um pouco da experiência para os novatos. A equipe contou, ainda, com três intercambistas bolivianos do curso de Agronomia.

No primeiro dia, eles foram recepcionados pela banda da Polícia Militar que possui um projeto de música na cidade. Entre as atividades realizadas, uma roda de conversa foi promovida junto ao Lar dos Idosos, oficinas de artesanato e de artes com barro e argila foram realizadas nas praças da cidade. Como demanda do município, a população aprendeu sobre a construção de uma fossa ecológica, com aulas práticas e teóricas. Aulas públicas, mutirão de recolhimento, palestra sobre o destino do lixo, gincana sobre desenvolvimento sustentável, visita ao abrigo das crianças também fizeram parte das atividades realizados pelos estudantes.

Além de alunos das escolas públicas, também foram atendidos produtores rurais do município. Um mutirão organizado pela equipe ajudou a recolher resíduos da cidade. O principal objetivo do projeto, a produção de um documentário, deve ser finalizado em setembro. Os alunos captaram cerca de 40 horas de filmagem para utilizar nesse projeto.

Durante toda a semana em Cássia, os estudantes tiveram contato com muitas pessoas. “Pude perceber como conheço pouco da história da minha cidade e que as pessoas de Cássia conhecem bem a história do município. Voltei querendo aprender mais sobre a minha própria cidade natal, disse um dos alunos que integram o projeto. “Minha experiência como coordenador foi fácil, pois tive excelentes alunos para coordenar. Aprendi muito com esses meninos, fico satisfeito com as experiências proporcionadas a eles, que estão com uma bagagem científica, emocional e de iniciativa muito grande. O Instituto está de parabéns pela ação! Faço o convite aos demais professores e servidores, porque é um aprendizado muito grande estar à frente de um projeto como esse”, comentou Thiago Bernardes Jorge, o coordenador do projeto.

Trabalhando o choque cultural em Espírito Santo do Dourado

“A transformação populacional no município de Espírito Santo do Dourado com a cultura do morango” foi o projeto coordenado pelo assistente social Fábio Geraldo de Ávila, do Campus Poços de Caldas. O estudante João Paulo Ferraz explicou que, devido ao choque da cultura local com a migração decorrente da cultura do morango, foram articuladas capacitações nas áreas de educação, saúde e práticas sustentáveis por meio de minicursos. A intervenção foi realizada no município por meio do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Também foram desenvolvidas atividades de recreação voltadas para crianças, adolescentes e para a terceira idade.

“Pensamos no projeto em função do crescimento populacional do município, desses novos sujeitos sociais que vieram para a cidade. Ao executar as ações, percebemos que é um bom momento e que chegamos em boa hora”, comentou Fábio de Ávila.

“A transformação aconteceu pra todos, eles com certeza se transformaram, a gente se transformou no sentido de ser mais humano, de conseguir ouvir o outro”. Acho que aprendi, mas do que ensinei”. “Isso mudou minha vida e de todo mundo”, comentaram algumas das alunas que participaram do projeto.

Foi realizada intervenção nas escolas com a disponibilização de um poço literário. “Quando viemos para as escolas, e começamos a conversar com os alunos, o poço nem estava montado, eles começaram a mexer antes de estar pronto e, percebemos que eles manteriam o que fizemos lá”, comentou outra estudante.

Outra atividade promovida foi a pintura coletiva, “Acredito que essa atividade nos dá a oportunidade de trabalhar questões como ego, aquela pintura não é dele, é de todos, o pincel, a tinta não é dele, todos utilizam, se de repente um colega quer fazer detalhes na sua pintura, ele pode, pois aprende a domar o ego, esse sentimento de posse, de propriedade de algo, e a trabalhar em equipe” comentou Renan Ribeiro.

Um curso sobre diversidade no espaço escolar voltado para profissionais da educação promoveu discussões a respeito do gênero e ensino. “A intenção do nosso curso foi promover o debate sobre a questão do gênero dentro da escola, identificar de que forma o professor pode estar preparado para fomentar essa discussão no ambiente escolar. Questionar os padrões da sociedade que exclui cidadãos LBTB”, comentou o estudante João Paulo.

Para Willianice Soares Maia, vice-coordenadora do projeto, “ofertar cursos em Espírito Santo do Dourado foi muito bom e valoroso. Por exemplo, o curso de redação deu aos alunos a oportunidade de conhecer as técnicas de redação, valeu muito a pena, eles aprenderam muito”, disse. Outro curso ofertado foi o de Libras para profissionais da educação. “Foi excelente, encontramos pessoas surdas que ainda não tiveram o acesso a Libras, então ensinamos um pouco para eles e para alunos analfabetos. Foi doloroso, no sentido de perceber que a comunidade entendia que esses alunos tinham uma deficiência intelectual. Eu me envolvi bastante e quero continuar o trabalho no município para ajudar essa comunidade surda, plantamos uma sementinha nos professores que participaram do curso. Eu tentei influenciá-los sobre a questão da inclusão para eles darem continuidade ao trabalho com as pessoas surdas”, disse a vice-coordenadora.

Projeto “Liberdade é Movimento”

O projeto “Liberdade é Movimento”, do Campus Passos, foi coordenado pela professora Heliza Faria e executado na cidade de Liberdade. A equipe levou para o pequeno município uma programação recreativa, explorando um pouco de temas como: turismo religioso, economia criativa, patrimônio e ocupação urbana, educação matemática, comunicação e educação financeira. Eles promoveram um bate-papo com os jovens, o resgate da cultura oral, principalmente, com os idosos.

Foram realizados minicursos, palestras, encontros interativos, brincadeiras e jogos com as crianças, exibição de sessões de cinema na Apae, na zona rural e uma gincana solidária, reunindo cerca de 450 pessoas nas ações. Alguns integrantes do grupo já tinham participado da edição anterior do Expedição e puderam trazer um pouco da experiência para o projeto.

Entre os minicursos realizados, foram abordados temas como o uso de redes sociais para fazer com que a cidade tenha mais visibilidade e a exploração do turismo no município. Os estudantes ensinaram também sobre educação financeira para as crianças, utilizando dinâmicas que pudessem ajudar a compreender a importância de ter um orçamento e de poupar para o futuro.

Encontros no Lar dos Idosos deram a oportunidade de conversar e interagir com o pessoal da terceira idade. Brincadeiras foram desenvolvidas nas escolas e na praça da cidade. Ao realizar a gincana cultural, os estudantes perceberam a grande participação da comunidade. A brincadeira rendeu a doação de uma tonelada de mantimentos para a Apae e o Asilo da cidade.

Promovendo o desenvolvimento em Pedralva

Na cidade de Pedralva, a equipe do Campus Avançado Carmo de Minas, coordenada pelo professor Lucas Barbosa Pelissari, desenvolveu o projeto “IF em ação: Campus Carmo de Minas promovendo o desenvolvimento regional”. Empreendedorismo e economia doméstica, aproveitamento dos alimentos, comunicação, sustentabilidade e informática foram alguns dos temas trabalhados pela equipe no município, por meio de palestras e minicursos.

Muitos desafios surgiram para a equipe de alunos que foi se adaptando às circunstâncias. Alguns minicursos tiveram que ser reformulados para que as propostas se adequassem aos diferentes públicos, como foram os casos do curso de Informática Básica e do curso de Empreendedorismo, para que não fosses excluído, por exemplo, pessoas analfabetas inscritas para participar. “Desafios como esse nos motivaram”, contou uma das estudantes.

A equipe falou sobre aproveitamento integral dos alimentos, ensinando como utilizar casca de laranja, semente de mamão, entre muitos outros alimentos. “A grande responsabilidade em levar o conhecimento de forma simples, fez com que eu me sentisse útil e pude ver que os dias de estudo me trouxeram um grande aprendizado que levarei para a minha vida pessoal e profissional. Ministrar o curso de Aproveitamento e reaproveitamento integral dos alimentos fez com que eu passe a olhar de uma forma mais consciente para tudo aquilo que consumimos sem necessidade”, contou o aluno Edmilson.

Para a estudante Luhanna, a experiência foi muito válida. “Você desenvolve mais o lado humano e consegue superar os desafios que venham a aparecer, interagindo com a comunidade e passando o conhecimento para pessoas de todas as idades”.

A expedicionária Mariana comentou que o projeto trouxe vivências diferentes. “É saber ensinar e aprender. É ir além da sala de aula. É sobre superar meus próprios desafios, sobre conhecer pessoas e compartilhar histórias. Ser expedicionário é tocar vidas e ser marcado por elas”, disse.

“Uma das melhores experiências que o Instituto me proporcionou. Uma oportunidade única de compartilhar o conhecimento adquirido em sala de aula e principalmente aprender com as pessoas que vivem uma realidade diferente da nossa”, comentou o aluno Mateus.

"Agricultura e sustentabilidade" em Poço Fundo

O projeto “Agricultura e Sustentabilidade” foi coordenado pela professora Sindynara Ferreira e pelo professor Fernando da Silva Barbosa, do Campus Inconfidentes. A ação foi realizada no município de Poço Fundo. A equipe estudou o perfil da cidade e pela forte atuação na agricultura, a área foi bastante explorada na elaboração da proposta, utilizando os conhecimentos dos estudantes para a execução do projeto.

Os alunos ensinaram a montar uma horta na Escola Municipal Sul Mineira, promoveram palestras sobre “Conscientização Ambiental” na Escola Municipal Juca Alves, e abordaram a “Arte de Reciclar” na Escola Municipal Carlito Ferreira. Eles realizaram, também, uma oficina de sabão caseiro na Casa da Amizade, uma oficina de artesanato com feltro, ensinaram sobre manejo de agrotóxico na Cooperativa dos Agricultores Familiares de Poço Fundo (Coopfam) e abordaram temas diversos como: lixo, saúde e cidadania no bairro de Paiolinho.

Uma atividade prática de recuperação de nascentes também foi ensinada na zona rural do município e para divertir a comunidade, sessões de “Cinema na Praça” foram exibidas.

"Semeando Saberes" em Tapiratiba

O projeto “Semeando Saberes”, coordenado pela professora Lúcia Helena, do Campus Machado, foi apresentado pelos alunos Júlio Cézar e Diane Kathlen Faria. A proposta dos alunos foi colaborar com a geração de emprego e renda no município. Assim, várias áreas foram desenvolvidas, como informática, saúde, formação empreendedora, cooperativas fraternas. Os estudantes também realizaram atividades como apresentação de stand up, exposição de fotos, caminhada cantante, horta comunitária no asilo, entre outros.

Exibição de cinema, no espaço Eva Vilma, deu início às atividades do projeto. Uma horta comunitária foi montada no asilo. Palestras itinerantes sobre segurança rural e segurança do trabalho foi promovida junto com a Guarda Municipal de Tapiratiba. Aproximadamente 160 pessoas foram contempladas com ações durante a visita.

Os alunos realizaram oficinas sobre reciclagem, muro verde e economia de energia e água. Minicursos abordaram informática básica, gincana educativa, oficina de reaproveitamento de alimentos, minicurso para fabricação de sabão com óleo de cozinha, orientação sobre a importância da tecnologia no mundo atual e finanças pessoais. Um stand up e uma caminhada cantante no asilo encerraram as atividades.

Ao falar sobre o projeto, a equipe comentou que o programa proporcionou uma experiência fantástica para todo o grupo. Durante toda a semana, a equipe foi tendo várias ideias para realizar novos projetos e com observações proveitosas para melhorar as próximas edições. Vivências construtivas, estabelecimento de elos de afeto e respeito com ser humano e a vida foram alguns dos aprendizados.

“Avante Expedição” em Tocos do Moji

O projeto “Avante Expedição” foi realizado em Tocos do Moji por uma equipe de oito alunos do Campus Machado, sob coordenação da professora Deliane Cristina Costa. Alguns dos temas abordados pelos alunos foram: Alimentação Saúdável; Combate e prevenção à dengue; Intoxicação por agrotóxicos e uso correto de EPI; Adubação na cafeicultura; Associativismo; Mastite em bovinos; Plantio de Mudas de árvores; Ecoturismo; Educação ambiental; e Mostra de cursos. 

A equipe agradeceu à Prefeitura de Tocos do Moji, à Reitoria e ao Campus Machado pelo apoio na execução das atividades.

Texto: Ascom/IFSULDEMINAS - Reitoria

Fotos: Arquivo do IFSULDEMINAS/Prefeitura de Cassia

Data: 14/08/2017