Empresas Juniores 2021
Aumenta o número de Empresas Juniores do IF filiadas ao MEJ
Iniciativas estão ativas na pandemia, prestando serviços e se organizando internamente
Vivenciar como é estar à frente das tomadas de decisão e dos projetos de uma empresa, da busca por ampliar e conquistar o mercado consumidor e de descobrir novas formas de empreender e inovar, todas essas práticas estão na proposta acadêmica das empresas juniores (EJs). No Instituto Federal do Sul de Minas (IFSULDEMINAS), existem 13 EJs que oferecem ao estudante experiências, durante a graduação, para que chegue ao mercado de trabalho melhor preparado e amadurecido.
Os estudantes das áreas de Medicina Veterinária, Computação, Alimentos, Administração, Agronomia, Biologia, Cafeicultura, Geografia, Gestão Comercial e Ambiental, Educação Física e Agrimensura do Instituto contam com estrutura física e corpo docente qualificado para atender demandas tanto da sociedade como do próprio IFSULDEMINAS e de seus setores, ofertando serviços de qualidade e a baixo custo por meio das iniciativas juniores.
Mesmo durante a pandemia, quando o distanciamento social foi imposto, as EJs continuaram em funcionamento. Algumas aproveitaram o período para organizarem-se internamente, tirando o CNPJ e/ou filiando-se a instâncias do Movimento Empresa Júnior (MEJ). Atualmente, 12 estão com o CNPJ ativo e sete estão filiadas ou com processo em tramitação.
Filiação ao MEJ
Membros da Conalim Júnior durante o 1º Encontro de Empresas Juniores do IFSULDEMINAS no Campus Machado, em 2020 - foto cedida pela diretoria da EJ
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É o caso da Conalim Júnior, Empresa Júnior de Consultoria e Soluções em Engenharia de Alimentos com sede no Campus Inconfidentes. Ela foi fundada em fevereiro do ano passado, um mês antes da adoção do ensino remoto emergencial no IFSULDEMINAS, e precisou passar por todo o processo de fundação e regulamentação durante a pandemia. A EJ tirou o CNPJ em agosto de 2020 e filiou-se ao Movimento Empresa Júnior (MEJ) dois meses depois, nas três instâncias: Núcleo Sul (regional), FEjemg (estadual) e Brasil Júnior (federal). Segundo o diretor presidente, Giovanni Aleixo Batista, a filiação refletiu positivamente nos resultados e motivação dos membros da Conalim Júnior. “Além de um acompanhamento constante, as instâncias oferecem produtos, eventos e oportunidades exclusivas que contribuem para a capacitação e aumento do sentimento de pertencimento dos membros. A filiação possibilitou um maior contato com a rede, fundamental para a troca de experiências entre empresários juniores, auxiliando na resolução de problemas internos e melhorando a qualidade de serviços entregues aos clientes, uma vez que o desenvolvimento de ações compartilhadas resulta em entregas mais completas. A Conalim Júnior aumentou 200% o número de ações compartilhadas após a filiação ao Núcleo Sul e, inclusive, fomos reconhecidos pela instância regional como Empresa Júnior Alto Crescimento e Empresa Júnior Conectada”, evidenciou.
A Diretoria de Inovação Tecnológica e Empreendedorismo (DITE), da Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (PPPI) do IFSULDEMINAS, responsável por fomentar a criação e desenvolvimento sustentável das EJs institucionais, por meio de lançamento de editais de apoio a projetos, ampliação e estruturação física, oferta de bolsas e organização de eventos integradores, verificou que os empreendimentos juniores estão alcançando a meta de se formalizarem institucionalmente, seguindo a Resolução 48 sobre as EJs, estabelecida em 2012 pelo Instituto. “O ciclo de vida das EJs, normalmente, começa com ações informais. Depois, elas passam a receber apoio institucional, por meio da submissão de projetos a editais internos. Em busca de legitimidade, focam em concretizar sua formalização junto ao IFSULDEMINAS. Por fim, para avançar e conseguir sustentabilidade financeira, uma importante trajetória adotada é participar do movimento regional (Núcleo Sul), estadual (FEjemg) e nacional (Brasil Junior), pois, quando as EJs trabalham em rede, fortalecem as conexões e ainda conseguem treinamento, troca de experiências, ampliação de negócios e muito mais. O MEJ vem abrindo possibilidades aos nossos alunos para estabelecerem uma relação entre teoria e prática, de desenvolver seu espírito crítico, analítico e empreendedor e de aperfeiçoar sua postura profissional através do relacionamento com clientes, equipes de trabalho e planos estratégicos”, explicou Cristina Lucia Janini Lopes, diretora da DITE.
Atuação
Membros da Agrifort Jr., durante trabalho de campo na Fazenda Experimental, em Guaxupé - crédito: @agrifortjr |
Além do aprimoramento de processos internos, de formalização e filiação ao MEJ, durante à pandemia houve EJs que transformaram os desafios impostos pelo período em oportunidades. Conseguiram remodelar seus atendimentos e executar serviços de maneira remota, inclusive, ampliando projetos e faturamento.
A Conalim Júnior informou que, desde o começo da pandemia, foram fechados oitenta e oito projetos e que, em julho de 2021, atingiu 268% da meta anual de contratos.
Já a Agrifort Jr., uma das mais antigas EJs do IFSULDEMINAS, fundada em 2013 no Campus Muzambinho para atuar na área de Engenharia Agronômica, reduziu suas atividades diretas com os produtores rurais e direcionou esforços em parcerias com empresas do setor agropecuário. “Embora tenhamos diminuído nossos serviços no âmbito de consultorias agronômicas, nosso carro chefe tem sido a parceria com empresas privadas para validação tecnológica de produtos, em sua maioria fertilizantes. Atualmente, a Agrifort Jr. atua no gerenciamento e condução de 16 diferentes projetos com diversas empresas de insumos agrícolas. Estamos também em processo de negociação com algumas outras que, provavelmente, daremos início em breve. Esse serviço não só permite lucro para a EJ, como também possibilita um grande contato dos membros da Agrifort Jr. com profissionais de empresas renomadas, conhecimento de diversas categorias de insumos agrícolas e vivência no funcionamento do setor privado. Ademais, contribuímos com a disponibilização de produtos devidamente testados aos produtores do Sul de Minas Gerais”, informaram os membros da diretoria da EJ, João Pedro de Oliveira Montagnini e Júlia Letícia Martins Galdino.
Outro exemplo de empreendedorismo é a ADIF Júnior., iniciativa júnior com sede no Campus Passos desde 2017. De acordo com a presidente Rafaiele Cristina Vicente da Silva, a empresa sempre teve uma demanda maior do que consegue atender e esta característica se acentuou na pandemia. “Nossas assessorias e consultorias aos microempreendedores continuaram, até aumentaram, por eles terem enfrentado problemas no negócio devido à pandemia. Atuamos de forma abrangente, com serviços na área de finanças, marketing, vendas, atendimento, treinamento de colaboradores. Normalmente, a demanda maior é para serviços na área financeira, para elaboração do custo do produto, preço de venda e para desenvolver e-commerce, nossa maior demanda no último ano. Além disso, para gerar mais receitas, passamos a oferecer o serviço de papelaria, antes presencial, de forma remota e incluímos a prestação de novas atividades, como formatação de computadores e instalação de programas, serviços técnicos muito requisitados por causa das aulas e trabalho remotos”, explicou.
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