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Dia de provas

Provas práticas ganham mais espaço na OBAP 2018

Competidores enfrentam desafios inéditos

29763825597 e2799bca3d zO dia decisivo da Olimpíada Brasileira de Agropecuária (Obap) começou cedo para os competidores. Às 7h30 eles já estavam em sala de aula para resolver os testes teóricos da competição. “Achei a primeira questão discursiva mais difícil, era sobre um assunto novo para nós, nossa equipe não tinha conhecimento disso, sobre a carne carbono neutro, mas as outras questões foram mais tranquilas, muita coisa que aprendemos no primeiro ano e outros conteúdos que ainda não vimos”, contou a aluna Brenda Elisa Maurer, de 16 anos, do Instituto Federal Catarinense - Campus Videira.

Resolver as duas questões discursivas e as 20 objetivas foi só o começo do longo dia que vinha pela frente. Nesta edição, a comissão técnica da Obap preparou três provas práticas, acrescentando desafios inéditos para os participantes. Pela primeira vez, foi proposta uma questão que envolveu a máquina semeadura adubadora. De acordo com o professor Carlos Magno Lima, do Instituto Federal do Sul de Minas, responsável pela elaboração da prova, no desafio os estudantes tiveram 35 minutos para entender o que foi proposto e realizar todas as etapas, como a escolha adequada do disco, a montagem do sistema de distribuição de sementes, a quantidade de sementes e fertilizantes e ainda o cálculo adequado conforme os giros da semeadora.

29763799907 bb6e6b13aa z“A prova foi interessante, porque abordou um assunto que utilizamos bastante. Tivemos um pouco de dificuldade e pouco tempo para regular a quantidade de adubo e sementes. Por isso, não finalizamos. Começamos a regular as engrenagens para colocar o adubo, mas o tempo acabou”, disse o integrante da equipe “Suco de Uva”, Mickael Caldatto, de 16 anos, também de Videira (SC).

“Para quem vai mexer em plantio, é necessário saber regular uma plantadora, a quantidade de semente que vai cair por metro, a quantidade de adubo que vai cair por hectare. O que acontece no campo é o que está sendo feito aqui, é um retrato do dia a dia do campo na época de plantio. A questão foi muito bem feita e os alunos estão conseguindo realizar, me parece que eles foram bem treinados. O evento é importante por causa da integração entre as escolas. É algo necessário e que só uma olimpíada como essa para fazer isso acontecer”, avaliou o professor Hener Coelho, do Campus Bambuí, que participa pela primeira vez da competição.

O idealizador da competição e reitor do IFSULDEMINAS, professor Marcelo Bregagnoli, explicou que as provas práticas ganharam mais espaço, justamente, para que esse âmbito fosse mais valorizado na olimpíada, considerando a atuação do técnico em Agropecuária. 

As outras duas provas envolveram práticas de amostragem de solo e técnicas para inseminação artificial em bovinos. De acordo com a pró-reitora de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação, professora Sindynara Ferreira, na amostragem de solos, são avaliados o conhecimento técnico e a habilidade do aluno em retirar a amostra de solo simples, fazendo, posteriormente, uma amostra composta que vai ser encaminhado ao Laboratório de Solos. Nesta etapa, está sendo simulada uma área de pastagem que vai ser recuperada para gado de corte.

Já no desafio de inseminação artificial coordenado pelo professor Marcelo Rosa, do Instituto Federal do Sul de Minas, os alunos tiveram 18 minutos para executar as etapas propostas, como simular a limpeza do aparelho reprodutor, escolher e descongelar o sêmen, preparar o aplicador, fazer a inseminação e higienização.

42891167930 3f4d4bef38 zAs atividades foram acompanhadas pelos professores integrantes da comissão técnica e tiveram o apoio dos alunos dos cursos superiores de Engenharia Agronômica, Engenharia de Produção e Zootecnia do IFMG - Campus Bambuí. A aplicação se estendeu ao longo de toda a manhã e tarde do sábado, 15 de setembro. O somatório da pontuação obtida individualmente e por equipe vale medalha. Os vencedores serão conhecidos na manhã deste domingo, 16 de setembro.

Milena Vieira de Faria é integrante da Equipe Marvada e estuda no Colégio Técnico da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Pela segunda vez na competição, ela foi medalhista de prata em 2017 e considerou o nível da competição deste ano muito elevada. “Em relação ao ano passado, achei bem difícil. Eram duas provas práticas e passaram para três, a prova teórica também era maior e tínhamos mais tempo para resolver as questões. Mas gostei de ter participado e espero não sair de mãos vazias", disse a estudante que viajou cerca de 12 horas para chegar a Bambuí.

Texto: Ascom/ IFSULDEMINAS  e IFMG 

Data: 15/09/2018

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