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Café do IFSULDEMINAS em Brasília

Café do Campus Muzambinho chega aos ministérios da Justiça e Educação

Na última semana, uma comitiva formada por alunos e servidores do IFSULDEMINAS marcou presença em Brasília, onde entregaram ao Ministério da Educação uma tonelada do café produzido no Campus Muzambinho. Esta é a segunda remessa enviada ao ministério e desta vez a comitiva foi recepcionada pessoalmente pelos Ministros da Justiça e da Educação, culminando em novos acordos para fornecimento do produto.

mineducA visita da comitiva a Brasília foi desdobramento de ações anteriores. Ainda no ano de 2023, o produto foi servido pelos estudantes do Campus Muzambinho na 3ª Semana da Educação Profissional e Tecnológica, por meio do projeto Cafeteria-Escola. Naquela mesma ocasião, uma tonelada do Café Daescola foi entregue ao ministério, por intermédio da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC). A boa aceitação do produto gerou demanda para mais uma remessa, que foi transportada por comitiva especialmente designada para este fim.

O reitor Cleber Ávila Barbosa destacou que “a iniciativa demonstra o quanto as nossas fazendas-escolas, os grupos de estudos e as empresas juniores têm trabalhado de forma integrada”. Ele também reconheceu o trabalho do professor José Marcos, do Campus Muzambinho e de toda a comitiva, pois “levaram e elevaram mais uma vez o nome da instituição”.

Todo o trabalho de logística e execução contou com a participação ativa de estudantes do Grupo de Estudos em Cafeicultura (GECAF), e da empresa SOMA Jr., que aprendem na teoria e prática sobre as etapas da produção cafeeira, do plantio ao produto finalizado, o café industrializado.

Desta vez, a entrega do café integrou uma experiência mais robusta, incluindo a realização de oficinas sensoriais e exposição de painéis sobre o processo de obtenção, padronização e industrialização da matéria-prima. A montagem da Cafeteria-Escola foi realizada em um dos principais salões do Ministério da Educação, com início das atividades na tarde de terça-feira e encerramento no início da noite de quinta-feira. Toda a ação foi realizada sob a orientação do professor José Marcos Angélico de Mendonça, que comentou sobre a boa aceitação do público:

ministro1“Essa ação chamou a atenção de todos ali para a forma como o trabalho é executado no campus, seja na extensão, ensino, pesquisa, inovação, empreendedorismo e geração de renda. Foi algo muito interessante, porque as pessoas se admiravam ao saber que tudo aquilo era produzido dentro de um Instituto Federal” - comentou.

Outro aspecto marcante, segundo o coordenador, foi o envolvimento e entusiasmo do Ministro Camilo Santana, da Educação, que participou ativamente da recepção e das atividades. De acordo com o professor José Marcos, o Ministro se surpreendeu positivamente com o resultado do trabalho realizado dentro do instituto.

“Isso vem reforçar ainda mais a importância da manutenção dessa estrutura. Que a gente nunca deixe de fortalecer os trabalhos da Fazenda-Escola, porque esse é um diferencial. Isso tem de estar muito claro para todos, para que a gente possa proporcionar um ensino cada vez mais coeso, contextualizado com a realidade, e cumprir nossa missão de modo cada vez mais aprofundado e intenso”, comentou o professor José Marcos.

gabineteA ida a Brasília incluiu ainda uma visita ao Ministério da Justiça, onde o grupo foi recepcionado pelo Ministro Ricardo Lewandowski. Ao longo de 40 minutos de diálogo, conversaram sobre o ensino profissional e tecnológico, ações, objetivos e projetos do grupo. Ao fim do encontro, despediram-se com o compromisso de replicar para o Ministério da Justiça a mesma ação realizada no MEC, o que deverá acontecer em outubro deste ano.

O professor Hugo Baldan Júnior, diretor de ensino do Campus Muzambinho, celebrou o sucesso dos estudantes e reforçou o compromisso da instituição para com a Formação Integral, que visa, além da formação para o mercado, à formação para a vida:

“É um momento de grande aprendizado para os estudantes, porque o conhecimento não se faz só na sala de aula, mas também em momentos como este, onde há troca de experiências, estabelecimento de contato e relações interpessoais, ou seja, momentos em que o estudante assume o protagonismo e a responsabilidade pela execução da ação. Hoje ficou claro, evidente, que nossos estudantes são preparados e estão aptos a exercer qualquer tipo de ação em prol do desenvolvimento da educação e do Campus Muzambinho. Por isso, é um fator de extrema alegria para nós do ensino, do Campus Muzambinho e do IFSULDEMINAS poder acompanhar e comemorar esta ação”, concluiu o professor Hugo.

ministroalunosEm suas redes sociais, o ministro da Educação, Camilo S. Santana comentou o encontro com os estudantes e professores: “Nossos institutos federais têm projetos incríveis e hoje pude conhecer de perto a iniciativa do Instituto Federal do Sul de Minas (IFSULDEMINAS) em torno da produção e consumo do café. Estive na oficina exposta no MEC e conversei com especialistas, professores e estudantes de engenharia agronômica, área de minha formação. O café é o principal produto agrícola em Minas Gerais e em diversos estados, movimentando a economia de todo o país. É a qualidade da Educação dos institutos federais chegando até a mesa dos brasileiros!”.

A ação em Brasília contou com a participação e organização dos alunos do GECAF e SOMA Jr.; do professor José Marcos Angélico de Mendonça; do diretor de ensino, professor Hugo Baldan Jr.; do coordenador-geral de produção, Juliano Francisco Rangel, e do pró-reitor de Administração, Honório José de Morais Neto.

A equipe registra seu agradecimento ao Secretário de Educação Profissional e Tecnológica, professor Marcelo Bregagnoli, pelo acolhimento e suporte indispensáveis ao bom andamento das atividades.


O impacto da Fazenda-Escola

predioJosé Marcos Angélico de Mendonça, docente e coordenador do setor de Cafeicultura, comentou que a produção viabilizada pela Fazenda-Escola permite uma experiência de formação única e que todo esse esforço se traduz em excelência, justificando assim o sucesso do café do campus.

“Temos aqui uma fazenda-escola com vários produtos agropecuários, dentre os quais o café, desde sua produção até a industrialização. Toda essa produção hospeda o ensino, pesquisa, extensão, ações de inovação e empreendedorismo; e o fato de estarmos gerando conhecimento, formação de pessoas e ainda podermos produzir o café que estamos fornecendo ao Ministério da Educação, ao qual estamos vinculados, é sem dúvida algo muito valoroso”.

José Marcos comentou que a produção de um produto de excelência não seria possível se não houvesse engajamento institucional. “Todo esse trabalho é feito a muitas mãos. Somos uma equipe que transcende o próprio setor, no sentido de que há mais pessoas atuando no fornecimento de materiais ou infraestrutura. Então, existe toda uma atenção da própria instituição para que a gente consiga realizar o que é proposto, que é produzir com excelência e gerando ensino, pesquisa e extensão”.

 

GECAF e SOMA Jr.: a importância para a formação dos estudantes

Todo o processo de produção do Café no Campus Muzambinho está atrelado ao tripé do ensino, pesquisa e extensão, e a Fazenda-Escola funciona como um grande laboratório, permitindo que estudantes possam até mesmo participar do gerenciamento e liderança de produtos e processos. Este é o caso do Grupo de Estudos em Cafeicultura (GECAF) e SOMA Jr., empresa Júnior que atua em diversos ramos da agropecuária, em especial o da cafeicultura.

gecafPara Luiz Fernando, aluno do curso de Engenharia Agronômica e atual coordenador de projetos do GECAF, a experiência de ser reconhecido por ministros em Brasília é fruto de um trabalho sério, que vem de muitos anos. “O GECAF é um grupo que sempre conduziu ações importantes, como os dias de campo, ações extensionistas e projetos, e essa ação de ir a Brasília, levar café para o Ministério da Educação, com certeza traz um impacto muito grande para nós, estudantes e coordenadores. Temos uma expectativa muito grande quanto a isso, porque é a imagem do grupo, a imagem do IFSULDEMINAS que está sendo levada até Brasília”, finalizou.

Taylaine Cristina Araújo, aluna do curso superior de Tecnologia em Cafeicultura, comentou que seu interesse pelo grupo de estudos em cafeicultura nasceu assim que ingressou para o instituto. Hoje, ela é coordenadora-geral do grupo, para o qual ingressou no ano de 2023. De acordo com ela, a participação nesta iniciativa agregou bastante à sua formação. “Tudo que a gente aprende lá na sala de aula, a gente coloca em prática aqui. Então, o grupo de estudos vem pra mostrar pra gente a prática e o conhecimento, seja na lavoura, seja no laboratório. Isso impacta demais na minha vida”, comentou Taylaine.

Rafael Garcia Alves, do curso de Engenharia Agronômica, é um dos integrantes da SOMA Jr., uma empresa composta por alunos dos cursos de Tecnologia em Cafeicultura, Engenharia Agronômica e Medicina Veterinária, e que possui portfólio bastante amplo de atuação nessas áreas. Além disso, o grupo é responsável pela realização do tradicional Concurso de Qualidade do Café, organizado anualmente em parceria com outros órgãos regionais.

“Temos a oportunidade de praticar no dia a dia, diretamente com o produtor, aquilo que aprendemos no instituto, nos nossos cursos. A atuação na SOMA Jr. oportuniza situações adversas em que podemos empregar todo o conhecimento adquirido. Temos ali uma grande diversidade de situações que futuramente acontecerão no dia a dia do mercado de trabalho, então é a principal oportunidade que temos para chegar ao mercado de trabalho mais preparados”.

somajrPara o presidente da SOMA Jr, o estudante Carlos Antonio Garcia, foram muitos os fatores que culminaram na entrega do café Muzambinhense aos Ministérios. Dentre eles, Carlos destaca o apoio dos professores e orientadores, o entrosamento e dedicação da equipe, além das experiências conquistadas por meio da participação em Dias de Campo, projetos e eventos promovidos pelo campus. Por fim, o estudante mencionou a importância da empresa Jr. no seu processo de amadurecimento e aprendizagem, deixando uma mensagem de incentivo a alunos que, tal como ele, pretendem aprimorar sua formação:

“Se você pensa em fazer parte de uma empresa Jr., especialmente a SOMA Jr., faça isso! Não é algo obrigatório, mas se você tiver a oportunidade, abrace! Isso com certeza vai contribuir para sua formação profissional e acadêmica. Vai permitir que você experiencie a atuação no mercado de trabalho, faça networking, conviva e atue com outras pessoas, trabalhe em equipe, além de estimular a liderança e criatividade. Então, participar de uma empresa júnior é algo essencial para a formação de um bom profissional no futuro”, concluiu.

 


Texto: Cláudio Vieira da Silva (ASCOM - Campus Muzambinho). Adaptação: Monalisa Pereira
Fotos: Cedidas por Taylaine Cristina Araújo (GECAF)

 

 

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