Parceria internacional
Programa de Formação de Formadores Moçambicanos é encerrado com cerimônia no MEC
Quatro moçambicanos realizaram a capacitação no IFSULDEMINAS
Trinta professores de Moçambique que participaram do Programa de Formação de Formadores Moçambicanos, iniciado em 22 de outubro nas cinco regiões brasileiras, receberam seus certificados na segunda-feira, 17/12, no Auditório do Anexo I do Ministério da Educação (MEC), em Brasília.
A mesa de encerramento reuniu o embaixador de Moçambique no Brasil, Gamiliel Munguambe; o reitor do Instituto Federal do Sul de Minas (IFSULDEMINAS), Marcelo Bregagnoli – que representou o presidente do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), Roberto Gil Rodrigues Almeida; o diretor-adjunto da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), embaixador Demétrio Bueno Carvalho; o secretário permanente do Ministério da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional de Moçambique (MCTESTP), Celso Adelina Laice; o coordenador-geral de Infraestrutura e Inovação da Rede Federal da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do MEC, Daniel Godoy, e o professor moçambicano Zamir Martins que representou os demais colegas.
O reitor do IFSULDEMINAS, Marcelo Bregagnoli, fez um balanço do programa, que se concentrou em quatro grandes áreas das ciências agrárias, além de mecanização agrícola, lembrou os participantes da oportunidade de aperfeiçoamento e destacou uma das características do Programa: ultrapassar a questão meramente técnica da cooperação. “Nas primeiras reuniões do Conif de 2019, pretendemos fazer encaminhamentos concernentes ao Programa, mas quero recordar aos professores moçambicanos que agora eles têm uma responsabilidade com o Brasil e com o país de origem, no sentido de fazer com que o conhecimento adquirido renda frutos concretos. É um momento emblemático, dada a importância desse programa que vai além da capacitação de professores. Estamos falando da relação entre dois países, duas nações irmãs no idioma e em muitos quesitos culturais”, disse Bregagnoli.
Uma das participantes foi Anézia Saide. Ela esteve nos Institutos Catarinense e Sul-rio-grandense e gostou muito da área de Extensão e de todos os ensinamentos sobre agroecologia, porém, acredita que o período do programa deveria aumentar para seis meses. “A ideia agora é utilizar o conhecimento que obtive para melhorar o ensino em Moçambique e também ajudar no desenvolvimento da comunidade na qual o instituto está inserido”, declarou.
Aboo Braimo concordou com a colega. Segundo ele, foi pouco tempo para tantas atividades interessantes. Para o professor moçambicano, um dos maiores aprendizados obtidos nos institutos foi em relação ao modelo de cooperativas adotado no Brasil. “O funcionamento, a dinâmica e como as cooperativas mudam a realidade dos pequenos produtores, foi algo que aprendi e que acredito ser possível colocar em prática no meu país”, contou.
Programa
O Programa de Formação de Formadores Moçambicanos foi instituído por meio de um protocolo de intenções assinado pelo Conif, Setec e ABC. A iniciativa é um desdobramento de ação piloto implementada em 2017, no Brasil, para formação de moçambicanos na área de agricultura. O objetivo do Programa, que caminha para a terceira edição, é viabilizar o intercâmbio entre Brasil e Moçambique no âmbito da educação profissional.
O IFSULDEMINAS participou da coordenação do Programa nas duas edições. Na primeira, foi responsável por recepcionar trinta professores moçambicanos e, neste ano, capacitou quatro docentes em áreas como irrigação, sistemas de produção, solos cultivados, mecanização agrícola, extensão agrária e cooperativismo. Os intercambistas ficaram nos campi Inconfidentes, Machado e Muzambinho por quase quarenta dias. Confira, no vídeo abaixo, reportagem sobre a passagem deles pelo Campus Machado.
Texto: Ascom IFSULDEMINAS/Reitoria e Ascom/Conif
Data: 27/12/2018
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