Fórum Mineiro

3ª edição do Fórum Mineiro da Rede Federal debate "Modelos de funcionamento: centralizar ou descentralizar?"

Em 2019, evento se transformará em Fórum Regional do Sudeste

Por iniciativa do Instituto Federal do Sul de Minas (IFSULDEMINAS), as instituições mineiras da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica se reuniram, pela primeira vez, em 2016, na cidade de Poços de Caldas para trocar experiências, expor relatos de sucesso e discutir as dificuldades no dia a dia das instituições. Desde então, o evento tem sido realizado anualmente, de forma itinerante, com o objetivo de estreitar as relações entre os institutos mineiros e o Cefet-BH. Neste ano, a terceira edição do Fórum Mineiro foi realizada entre os dias 28 e 30 de agosto e teve como sede a cidade de Montes Claros, com a organização do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG).

Com a presença de representantes de outros estados da região sudeste do Brasil para conhecer o formato, o fórum se consolida como um importante espaço de debate que, a partir do próximo ano, deixa de ser um evento exclusivamente mineiro e passa a integrar as demais instituições federais de ensino do sudeste do país e terá como anfitrião o Instituto Federal do Espirito Santo (IFES).

Esta terceira edição sediada pelo IFNMG contou com a presença de cerca de 150 servidores responsáveis pelas pró-reitorias, diretorias, coordenações e outros setores dos órgãos centrais das seis instituições mineiras da Rede: Cefet-MG, IFMG, IFNMG, IFSudeste de Minas, IFSULDEMINAS e IFTM -, e de representantes do Cefet-RJ, IFES, IFSP e Colégio Pedro II.

Durante três dias, os participantes discutiram temas fundamentais para o aprimoramento das ações e projetos desenvolvidos pela Rede, tendo como norte das discussões a questão da centralização ou descentralização dos modelos de funcionamento. Também puderam fazer um balanço das proposições estabelecidas na segunda edição sediada pelo Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), em 2017.

A abertura do evento, realizada na última terça-feira, 28/08, no auditório do campus contou com uma palestra do diretor de Desenvolvimento da Rede Federal, Paulo Henrique Azevedo Leão, que mostrou ações e projetos realizados ou planejados pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) e, também, uma palestra do auditor do Tribunal de Contas da União (TCU), Jetro Coutinho Missias, que tratou dos desafios e perspectivas da governança pública. Ao fim da noite, os participantes assistiram a uma apresentação de danças e músicas da tradição folclórica norte-mineira com o Grupo Banzé, de Montes Claros, que está completando 50 anos em 2018.

Paulo Henrique Azevedo Leão, diretor de Desenvolvimento da Rede, falou em nome do secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Romero Portella, colocou a Setec/MEC à disposição das instituições do sudeste. Ele convocou todos os representantes a contribuírem com a geração de resultados nas ações conduzidas Brasil afora para fortalecimento da região. Elogiou a iniciativa de construção do fórum, que nasceu no sul de Minas para ganhar a região sudeste do país.
O anfitrião do evento e reitor do IFNMG, José Ricardo Martins da Silva, deu as boas-vindas a todos e ressaltou a importância do fórum como uma prestação de contas à sociedade sobre a efetividade dos trabalhos realizados.

Grupos de Trabalho e Plenária Final

Ao longo de toda a quarta-feira (29), os participantes se dividiram em onze grupos de trabalho, com discussões, trocas de experiências e encaminhamentos, que foram apresentados na plenária final realizada na quinta-feira (30) e que irão compor um relatório final do Fórum. Os Gts de discussão foram organizados de acordo com os setores: Administração, Comunicação, Desenvolvimento Institucional, Educação a distância, Ensino, Extensão, Internacionalizaão, Gestão de Pessoas, Gestão de Risco, Integridade e Controle Internos, Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação e Procuradores Institucionais.

Sobre o tema que norteou as discussões “Modelos de Funconamento: Centralizar ou descentralizar”, alguns setores defenderam um modelo misto que concentraliza determinadas atividades nas sedes e concentra outras ações nas unidades. Alguns GTs discutiram as diferentes linhas de atuação de cada instituição e aprensentaram as vantagens e desvantagens de cada modelo. 

A Grupo de Trabalho da Administração fez um balanço das compras compartilhadas que foram instituídas nas discussões dos fóruns anteriores. Dos seis grupos de compras, quatro já foram efetivados. A Comunicação destacou a importância de pensar um modelo de funcionamento que atenda às características de cada instituição, de fortalecer as relações com a imprensa e de promover capacitação para os profissionais, de forma a acompanhar as mudanças da área. O Grupo de Desenvolvimento Institucional ressaltou a necessidade de envolvimento dos gestores com a elaboração do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e a conscientização sobre a responsabilidade compartilhada do documento.

O GT de procuradores institucionais abordou a necessidade de realizar treinamentos e capacitações dos envolvidos na alimentação dos sistemas e a descentralização das ações operacionais. Nas discussões de Ensino, uma das pautas debatidas foi a importância de considerar a formação de professores mais pela legitimidade do que pela legalidade. Destacou-se a oferta do curso de Licenciatura em Educação Profissional pelo IFSULDEMINAS e a possibilidade de vagas para os demais institutos de Minas.  O grupo de EaD defendeu um modelo de funcionamento semicentralizado com a unidade gestora reponsável pela plataforma de aprendizagem, desenho dos cursos, elaboração dos conteúdos, construção das políticas institucionais e marcos regulatórios, descentralizando aos campi as operações de ordem acadêmica, como matrícula, registro e certificação.

A Extensão propôs ações conjuntas entre as instittuições mineiras, como a criação de uma publicação regional de extensão, cursos para o fortalecimento do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), o que já vem sendo realizado entre o IFSULDEMINAS e IFNMG, entre outras ações. A Gestão de Pessoas discutiu a importância de instrumentos regulatórios para padronizar e acompanhar os trabalhos, possibilitando um modelo de funcionamento misto com certas ações concentradas na Reitoria e outras exercidas pelos campi a partir dos regulamentos adotados. O grupo de Pesquisa tratou da organização e gestão dos setores nas instituições de ensino. Também foi abordada uma pauta do evento anterior para reivindicação de um edital conjunto entre Fapemig e os IFs. Outro destaque foi a necessidade de adequação às exigências do Sistema Nacional de Patrimônio Genético (Sisgen), cujo prazo final é novembro deste ano.  

Após a apresentação dos resultados dos trabalhos, os reitores e representantes dos reitores das instituições participantes do evento destacaram a importância da troca de experiências e da construção de projetos conjuntos, sobretudo neste momento de dificuldades financeiras.

“Como foi mostrado pelos grupos, temos que identificar os problemas da sociedade, trazer para dentro da nossa instituição e conseguir levar respostas, e para isso precisamos de atores e parceiros que queiram trabalhar, e isso nós temos muito, a exemplo de vocês”, destacou o reitor do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM) e presidente do Conif, Roberto Gil Rodrigues de Almeira, que também ressaltou a mudança e evolução do Fórum desde sua primeira edição, “o que aliás é também reflexo das nossas instituições, que amadurecem e se fortalecem”.

Texto: Ascom/ IFSULDEMINAS - Reitoria com informações do IFNMG

Fotos: IFSULDEMINAS e IFNMG

Data: 03/09/2018

Grupos de Trabalho