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Milho e Soja

Ex-aluno do IFSULDEMINAS fará pesquisa de doutorado no País de Gales, no Reino Unido

O técnico em agropecuária e engenheiro agrônomo pelo IFSULDEMINAS, e mestre em Agricultura pela Unesp, Murilo de Souza, desenvolverá sua pesquisa de doutorado na Universidade de Bangor, no País de Gales, Reino Unido. O estudo será sobre as “comunidades microbianas do solo após aplicação de calcário e gesso no sistema de produção”, conforme o pesquisador explica. “Em termos de indicadores de qualidade e funcionamento do solo, é importante que aprendamos mais sobre como as comunidades microbianas respondem e se adaptam às mudanças nas práticas agrícolas. Ao fazer isso, seremos capazes de projetar práticas agronômicas mais ecológicas, que promovam rendimentos sustentáveis e, também, que forneçam benefícios adicionais em termos de armazenamento de carbono, de nutrientes na superfície e na promoção da biodiversidade. O foco do projeto será no ciclo do carbono e do nitrogênio do solo, pois eles são fundamentais para a saúde do mesmo”, detalhou.

PHOTO 2019 09 24 09 05 10Murilo destaca que a Universidade de Bangor conquistou um Gold Award, a classificação mais alta possível no Quadro Nacional de Excelência em Ensino (TEF), sendo a única no País de Gales a atingir esse padrão. A avaliação do TEF leva em consideração a qualidade do ensino, o ambiente e ganho de aprendizado e os resultados dos alunos. Além disso, Bangor está entre as 10 melhores universidades do Reino Unido, de acordo com a Pesquisa Nacional de Estudantes de 2017.

IFSULDEMINAS: a base

“Sempre falo que o IFSULDEMINAS, desde a época de Escola Agrotécnica Federal, me deu a oportunidade de estar em uma das melhores Universidades do país, a UNESP. O instituto federal me deu a infraestrutura, me possibilitou participar de pesquisa com bolsas do PIBITI e PIBIC… me abriu as portas e minha cabeça, mostrando novas formas de conhecer o mundo. Graças ao instituto federal tive um currículo diferenciado que me ajudou no processo de seleção para Bangor”, disse. Murilo apresentou seu projeto junto a FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de SP), tendo sido aprovado com a possibilidade de uma bolsa mensal em libras, passagens aéreas, seguro saúde entre outros benefícios que lhe darão tranquilidade para estudar e pesquisar.

“No Reino Unido farei um estudo para investigar a atividade da comunidade microbiana do solo e como o calcário, gesso e nitrogênio agem na relação dos grupos de bactérias e fungos, levantando dados se estão ou não auxiliando na atividade de micro-organismos em subsuperfície”. Sobre a importância dos docentes, citou o atual reitor do IFSULDEMINAS, Marcelo Bregagnoli. “Tenho um carinho e uma amizade muito grande por ele. Lembro de suas aulas sobre cana e milho. Ele teve muita influência no que faço hoje. A primeira prova que fiz tirei uma nota muito ruim, mas ele sempre incentivou. Estudei demais para a outra e tirei uma nota que, segundo Marcelo, seria muito difícil: 4,6 em 5,0. Lembro com carinho de outros professores do técnico, como a Naísa, Conceição, o Generci, o Raul Sartori, José Mauro e o Marcelo Rosa. Na graduação foram importantes para minha carreira, docentes como o Carlos Henrique e o André Veiga.

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Atuação no Brasil

No Brasil, Murilo atua na área de produção vegetal, desenvolvendo pesquisa principalmente nas culturas do milho, soja, braquiárias, algodão com ênfase em corretivos de solo e carbono, nitrogênio, fertilidade, manejo e adubação em sistema de produção. “Grande parte do milho brasileiro tem sido cultivado em segunda safra, após a soja. Mas, ainda não há informações precisas sobre sua resposta ao nitrogênio (N), bem como sobre as consequências na próxima cultura. A hipótese é que o N residual deixado pela soja, principalmente em solo corrigido, pode ser aproveitado pelo milho cultivado na sequência, que deverá responder a doses mais baixas de adubo nitrogenado. O objetivo do meu trabalho no Brasil é avaliar a eficiência do uso de N pela cultura do milho, cultivado em consórcio com Panicum Maximum, na segunda safra, e a dinâmica do N no solo em sistema semeadura direta, em função da correção da acidez do solo utilizando calcário e gesso”.

O Panicum Maximum é uma forrageira (capim) vinda da África para o Brasil na época da escravidão. A sua primeira cultivar foi o capim colonião, um dos mais conhecidos e utilizados para a formação de pastos. A partir dele, evoluiu-se para outros cultivares superiores em produção, teor de proteína, resistência a pragas e doenças, repercutindo positivamente nos resultados da pecuária nacional.

 

Texto: Ascom Reitoria IFSULDEMINAS

24/09/2019

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