1º Seminário de Curricularização
IFSULDEMINAS realiza 1º Seminário de Curricularização de Extensão e Pesquisa
Evento discutiu a inserção obrigatória de atividades de extensão e pesquisa na grade curricular dos cursos de graduação
Aconteceu nessa quarta-feira, 12/06/2019, o primeiro Seminário de Curricularização de Extensão e Pesquisa do Instituto Federal do Sul de Minas (IFSULDEMINAS). O evento realizado na Reitoria, em Pouso Alegre, foi uma ação integrada das Pró-reitorias de Ensino, Extensão e Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação. Participaram 77 representantes dos campi da Instituição, além de 13 servidores do Campus Passos, que acompanharam o evento na própria unidade, via transmissão ao vivo.
A proposta do seminário foi discutir a reformulação das grades curriculares dos cursos superiores da instituição a fim de garantir, no mínimo, a reserva de 10 por cento dos créditos exigidos nas graduações para atividades de extensão e/ou pesquisa; em atendimento à resolução de nº 07/2018 do Conselho Nacional de Educação (CNE). Para contextualizar o assunto, três palestrantes foram convidados para falarem sobre as diretrizes governamentais e para compartilharem experiências de curricularização nas instituições de ensino onde atuam.
Na abertura do evento, os pró-reitores deram as boas-vindas aos participantes e descreveram a importância de discutir coletivamente o tema. Segundo o pró-reitor de Extensão, Cléber Avila Barbosa, a ideia de realizar o seminário com todos os representantes dos campi foi nivelar a temática com uma linguagem única. "Aqui, nós falamos de questões que muitas vezes já fazemos na prática, porém, não temos isso formalizado dentro da proposta da curricularização. A Extensão está muito atrelada ao IFSULDEMINAS por já existirem diversos projetos e convênios firmados com prefeituras, Forças Armadas, associações comerciais, setor agrícola, entre outros", descreveu o gestor.
Palestras
Na primeira palestra, o reitor da Universidade São Francisco, Gilberto Gonçalves Garcia, apresentou as diretrizes do CNE para as Políticas de Extensão e Pesquisa. “Esta matéria da curricularização, como está sendo chamada a Extensão, já tem previsão legal dentro do primeiro Plano Nacional da Educação e depois, com o segundo Plano, foi estendida a todas as instituições de Ensino Superior do Brasil. Isso motivou a necessidade de regularizar este dispositivo. É um processo que modificará desde o Plano de Desenvolvimento das Instituições até os Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPCs)”, informou Garcia.
Na sequência, o segundo palestrante, Tomé de Pádua Frutuoso, diretor de Extensão do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), evidenciou como a curricularização ajudou na formação profissional do aluno do IFSC, onde o processo já está sendo trabalhado. “Extensão é um processo sociável entre Pesquisa e Ensino, que acontece fora da sala de aula, fora do ambiente acadêmico. Então, é uma atividade de extrema importância, que une estudantes, servidores e a sociedade, a fim de aplicar conhecimentos, habilidades e atitudes [de discentes e docentes] na comunidade. A ideia é tirar este conhecimento acadêmico dos muros das Universidades [e Institutos] e levar para fora e, com isso, manter a comunidade numa interação dialógica”, resumiu Frutuoso.
Para encerrar as palestras, o pró-reitor de Extensão e Relações Externas do Instituto Federal do Pará (IFPA), Fabrício Medeiros Alho, trouxe a vivência da instituição onde atua em relação ao processo de institucionalização da curricularidade. Alho disse que o plano de ação do IFPA vem sendo executado desde 2017 e, dentro de todo o processo, o instituto paraense ainda está na 3ª de cinco etapas, que são: sensibilização ao processo de curricularização da educação; aprovação da política de curricularização e formações regionalizadas; implementação, acompanhamento e avaliação; sociabilização de experiências e revisão dos PPCs dos Cursos e da Política Aprovada e, por fim, a divulgação das experiências.
Após as palestras, houve mesa-redonda entre os palestrantes e os convidados. E para finalizar o evento, foram formados grupos, divididos por áreas temáticas (como, por exemplo, Ciências Agrárias, Administração, Licenciatura), para realização de oficina para entendimento de como implementar o formato de 10 por cento de ações extensionistas nos PPC’s.
Resolução
A resolução de nº 07/2018 do CNE (Conselho Nacional de Educação) estabelece as diretrizes para a extensão na Educação Superior Brasileira e regimenta o dispositivo na Meta 12.7 da Lei nº. 13.005/2014, que aprova o PNE (Plano Nacional de Educação) 2014-2024. Desta forma, as instituições de Ensino Superior terão o prazo de até três anos, a contar da data de sua homologação, outubro 2018, para a implantação do dispositivo nestas diretrizes, ou seja, até 2021.
Texto: Ascom/Reitoria IFSULDEMINAS
13/06/2019
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