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Recondução do reitor

Marcelo Bregagnoli é reconduzido ao cargo de reitor 

1 Posse Marcelo Bregagnoli Reitor do IFSul de Minas RP 1 3Na quinta-feira, 30 de agosto, o reitor Marcelo Bregagnoli do Instituto Federal do Sul de Minas (IFSULDEMINAS) foi reconduzido ao cargo pelo ministro da Educação, Rossieli Soares da Silva. A solenidade foi realizada no Ministério da Educação, em Brasília.

Ao tomar posse oficialmente, Bregagnoli declarou sentir-se honrado e consciente da responsabilidade por ser ex-aluno e ter uma trajetória na instituição. “É uma responsabilidade muito grande que assumo. Pretendo trabalhar para criar mais oportunidades e ampliar os atendimentos para responder às demandas da sociedade. O aluno foi, é, e sempre será prioridade para nosso instituto”, disse.

Nos próximos quatro anos, o reitor pretende dar continuidade às ações de gestão, com a otimização de recursos, dado o atual contexto de limitação do orçamento público, aprimoramento de processos administrativos, principalmente aqueles que se referem à governança e gestão de riscos, além de manter e ampliar ações ligadas à sustentabilidade.

Defensor da educação no campo, Marcelo Bregagnoli defendeu que o assunto seja debatido sob a perspectiva da inclusão. Ele é integrante da Câmara Temática Educação do Campo do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif).

Na posse, o ministro da Educação, ao lado do secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Romero Portella Raposo Filho, e de outros dirigentes do MEC, destacou que o IFSULDEMINAS é hoje um modelo a ser seguido pelas outras instituições do país.1 Posse Marcelo Bregagnoli Reitor do IFSul de Minas RP 4

Rossieli ressaltou a importância de os institutos se organizarem de uma forma cada vez mais verticalizada, próximos da respectiva origem e alinhados à vocação das regiões onde estão localizados. “É importante, neste momento, preservarmos o modelo atual. Apesar dos embates em relação a questão orçamentária, precisamos estar focados e trabalhar para avançarmos”.

Também participaram da solenidade o pró-reitor de Extensão do IFSULDEMINAS, Cleber Ávila Barbosa, e o chefe de Gabinete, Everaldo Rodrigues Ferreira.

Solenidade em Pouso Alegre 

No dia 24 de setembro, às 19h, uma cerimônia será realizada no Auditório da Câmara de Vereadores de Pouso Alegre para a posse das direções-gerais dos campi de Inconfidentes, Muzambinho e Pouso Alegre e recondução dos diretores-gerais dos campi de Machado, Passos e Poços de Caldas.    

Entrevista: reitor fala sobre os desafios da gestão 

Doutor em Agronomia pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), mestre em Fitotecnia, técnico em Agropecuária e licenciado em Ciências Agrícolas pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRJ), tendo iniciado a carreira como docente no Instituto Federal do Sul de Minas em 1997, na então Escola Agrotécnica Federal de Muzambinho. De 2010 a 2014, atuou como pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação, eleito reitor para a gestão 2014-2018. É o atual coordenador da Câmara de Educação do Campo do Conif.

- Você assumiu a gestão do IFSULDEMINAS em agosto de 2014. Já em 2015, o contingenciamento de recursos reduziu o orçamento de custeio e de capital, trazendo um desafio enorme à instituição: manter a expansão das unidades com um recurso cada vez menor. Como tem enfrentado esse desafio desde então?

Nenhum gestor deseja realizar seu trabalho sob redução de recursos, pois eles são responsáveis por alavancar as ações institucionais e dar visibilidade junto à sociedade. Porém, quando se adota uma gestão participativa e formada por uma equipe engajada, o espírito inovador se sobressai. A busca por parcerias, alternativas para ampliação dos recursos extraorçamentários, otimização dos recursos (financeiros e humanos) têm sido um ponto de partida para prestar bons serviços as nossas comunidades. Obviamente, sem comprometer a qualidade dos nossos serviços, especialmente as atividades que envolvem ensino, pesquisa e extensão ou a boa imagem da instituição junto aos órgãos de fiscalização. Sem dúvida, é um grande desafio, mas o resultado e reconhecimento do IFSULDEMINAS tem sido nosso grande incentivador para continuar nessa linha de gestão e governança. Nos últimos anos, nossos bons indicadores possibilitaram uma ampla conversa com a Setec/ MEC, garantindo apoio às iniciativas da instituição.

- Podemos compreender esse momento como propício para a consolidação da expansão do Instituto Federal do Sul de Minas?

O momento propício para se reanalisar metas, indicadores e metodologias é quando faltam recursos orçamentários. Com a crise, a instituição desenvolveu procedimentos formais que estão possibilitando medir a eficiência das linhas administrativas e das atividades-fim. O momento é para buscar o reconhecimento das ações institucionais executadas para os usuários (comunidades), o envolvimento com os diversos arranjos produtivos para maior retorno das atividades, o estabelecimento de parcerias, a ampliação de vagas através de programas governamentais e em parceria com municípios e estado e de ações que garantam a sustentabilidade institucional.

Não há espaço para os ocupantes de cargos atuarem apenas de forma protocolar. É necessário ir além, partir em busca de alternativas, inovações, empreendedorismo, parcerias e fomento externo.

- Quais ações ou projetos se destacaram nos últimos quatro anos de sua gestão? 

Mesmo imerso em uma crise nacional, que vai muito além da financeira se tornando uma crise institucional, no que diz respeito ao estado enquanto ofertante de serviços básicos à população, o IFSULDEMINAS se destacou na busca de alternativas e programas, principalmente àqueles que podem ser tornar exemplo para a sociedade e/ou outras instituições. Foram várias as iniciativas, como a regulamentação e ampliação da oferta de Educação a Distância, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), ações para internacionalização, compras compartilhadas, sustentáveis e pioneiras, como a aquisição de usinas solares para as unidades do IFSULDEMINAS. 

- O IFSULDEMINAS tem investido na verticalização do ensino, ou seja, na ampliação das possibilidades de formação profissional dentro dos eixos estabelecidos para as unidades. Nesse sentido, quais perspectivas de crescimento temos pela frente?

Essa questão da verticalização é definida pela Lei 11.892, de 29 de dezembro de 2008, que institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. É necessário priorizar os eixos tecnlógicos definidos, como foi feito no primeiro mandato, mas precisamos intensificar as ações em função de possibilidades de liberação de códigos de vagas e outras questões. As unidades que estiverem alinhadas ao eixo verticalizado e atendendo às questões estabelecidas pela legislação terão prioridade no atendimento às solicitações de liberação de vagas, dentro das possibilidades e da linha que vem sendo adotada em todo o país. Temos trabalhado com a ampliação de cursos na modalidade de Formação Inicial Continuada (FIC), principalmente por meio de lato sensu. Vemos nessa modalidade de ensino, uma grande oportunidade que muitas instituições não podem oferecer.

 - Uma preocupação de qualquer instituição de ensino pública ou privada é o indice de evasão. Como a instituição tem enfrentado essa questão?

A permanência e êxito do estudante foi objeto de estudo no primeiro mandato, intensificado por meio de um plano de trabalho aprovado em resolução, resultando nos melhores indicadores da Rede. Mesmo com as inconsistências da Plataforma Nilo Peçanha, o IFSULDEMINAS aparece como líder nesse quesito entre todos os institutos da Rede Federal. Nosso desafio é continuar investindo na permanência e êxito, mesmo dependendo de recursos da Assistência Estudantil que se mantiveram estáveis e com o aumento da demanda. É hora de criar estratégias com um trabalho mais intensivo. Para isso, criamos uma Diretoria de Assuntos Estudantis, pensando em lidar com as questõe que envolvem a permanência e êxito dos estudantes.

- O compromisso com o desenvolvimento local e regional da instituição não a impediu de avançar no processo de internacionalização. Quais são os maiores desafios que o IFSULDEMINAS têm pela frente não só para continuar a expandir suas relações internacionais, mas para ampliar a efetividade dessas ações?

Entendemos que a internacionalização vai muito além da oferta do Programa de Mobilidade Internacional. Temos ampliado esse processo com a oferta de cursos de línguas, com capacitações, recebimento de alunos estrangeiros, oferta de disciplinas em outros idiomas, entre outros. Certamente, o maior desafio é lidar com a dificuldade de recursos, mas nossa estratégia é buscar parcerias, não tem como fugir disso.

- Existem diversas ações a serem consolidados, mas o que muda nessa segunda gestão?

Temos que ser mais arrojados, priorizar a eficiência e a eficácia. Não há espaço para os ocupantes de cargos atuarem apenas de forma protocolar. É necessário ir além, partir em busca de alternativas, inovações, empreendedorismo, parcerias e fomento externo. Todas os setores devem ter essa visão.

Em 2018, o IFSULDEMINAS completa 10 anos e muitas coisas mudaram nessa década. Qual sua perspectiva para os próximos quatro anos, considerando as incertezas do cenário econômico e o ritmo de mudanças cada vez maior da nossa sociedade?

Apesar de 10 anos ser pouco tempo para consolidar uma marca, percebemos que o IFSULDEMINAS tem avançado bastante nesse sentido e conquistado respeito junto à sociedade e várias entidades através de muitas ações. Na minha recondução, o ministro fez várias referências ao IFSULDEMINAS como uma instituição séria, comprometida com a sociedade e com a gestão dos investimentos públicos. Acredito que temos buscado esse lugar ao sol, mesmo nessa perspectiva de redução dos investimentos. Percebo que esse processo de consolidação está acontecendo, o que facilita a busca por apoio e investimentos. Esses quatro anos serão para isso mesmo, aplicando nossas resoluções com o objetivo de fortalecer a atuação do Instituto. A ideia é ser referência nesse processo, fazer bem feito, de forma que possamos avançar por décadas, evitando perdas e sucateamento, considerando um cenário no qual os próximos governos possam desvalorizar a oferta de serviços públicos.

 

Texto: Ascom/ IFSULDEMINAS - Reitoria com informações da Assessoria do Conif

Data: 03/09/2018

 

 

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