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Perguntas e respostas

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1. Já que as vacinas COVID-19 não conseguem prevenir tão bem a infecção assintomática ou a transmissão, como convencer as pessoas a se vacinarem?

Evidências indicam que pessoas totalmente vacinadas têm menos probabilidade de infecção, de adoecer de forma grave e de transmitir o vírus a outras pessoas. O grau de proteção, entretanto, pode variar de acordo com a resposta imunológica de cada indivíduo, das variantes do vírus em circulação e do tempo decorrido desde a vacinação. É importante ressaltar que completar o esquema é essencial para obter a proteção máxima contra a doença. Além disso, com um grande percentual da população adequadamente vacinado, podemos reduzir a circulação do vírus, as chances de infecção das pessoas que não respondem bem às vacinas ou não podem ser vacinadas e dificultar o surgimento de variantes mais agressivas.

2. Quais são as vacinas Covid-19 utilizadas no Brasil?

No Brasil encontram-se disponibilizadas as vacinas:

  1. Butantan/Sinovac (Coronavac): vacina de vírus inativado;

  2. Pfizer/BioNTech: vacina de RNA mensageiro (mRNA);

  3. Fiocruz/Oxford/AstraZeneca e Janssen/Johnson: vacina baseada em vetores não replicantes.

3. As vacinas são eficazes contra as novas variantes do SARS-CoV-2 que surgiram até o momento?

As evidências atuais indicam que pode haver alguma perda de eficácia a depender da variante e da vacina, sobretudo com esquemas incompletos. No entanto, as vacinas continuam cumprindo seu principal papel: mesmo com aumento de casos por novas variantes, a maioria dos pacientes graves e internados são pessoas que não se vacinaram. Se alguma variante escapar das vacinas atuais, os esquemas vacinais poderão ser revisados e os fabricantes rapidamente poderão adaptar suas vacinas.

4. E quanto à segurança das vacinas Covid-19, o que sabemos?

As vacinas aprovadas no Brasil apresentam um perfil de segurança semelhante ao das outras que utilizamos há anos. Elas não causam efeitos colaterais importantes na maioria das pessoas que as recebem. Não podemos esquecer que eventuais riscos de raros eventos adversos graves pós-vacinais são muito menores do que as consequências e complicações da própria Covid-19.

5. Quanto tempo é necessário para ficar imunizado?

Estima-se que o potencial máximo de proteção seja atingido cerca de duas semanas após a última dose do esquema primário.

6. Posso ter a doença mesmo após receber todas as doses da vacina?

Nenhuma vacina tem 100% de eficácia. É possível desenvolver a doença após a vacinação, mas as chances de Covid-19 grave são baixas. Por esse motivo é que o Ministério da Saúde recomenda a dose de reforço quatro meses após a última dose do esquema primário. Já os imunossuprimidos devem receber esquema primário de três doses e um reforço quatro meses após a terceira dose.

7. Para que aconteça a tal “imunidade de rebanho”, quanto da população brasileira precisará ser vacinada?

A imunidade coletiva, ou de rebanho, é obtida quando a maior proporção de indivíduos em uma comunidade está protegida, seja porque teve a doença ou porque foi vacinada. Com poucas pessoas vulneráveis, a circulação do agente que causa a doença cai, protegendo de modo indireto aqueles que não estão imunizados. A porcentagem necessária de vacinados para conseguirmos a imunidade de rebanho varia de acordo com a doença e com a efetividade da vacina. Ainda faltam informações sobre qual o percentual exato de imunizados é necessário para a adequada imunidade coletiva contra a Covid-19, sobretudo se consideramos a possibilidade de surgimento de variantes que podem escapar às vacinas. Contudo, dada a grande capacidade de contágio do SARS-CoV-2 (inclusive por assintomáticos), quanto maior a cobertura vacinal, maior a redução na circulação viral, menor a transmissão e, consequentemente, menor a chance de os vírus produzirem variantes.

8. Depois de vacinado, preciso continuar a usar máscara e manter distanciamento de outras pessoas?

Apesar de a vacinação ter reduzido de forma drástica o número de casos e mortes por Covid-19 no Brasil e de sabermos que a taxa de transmissão a partir de pessoas vacinadas é mais baixa, as vacinas ainda não são capazes de prevenir totalmente a transmissão e a infecção. É preciso manter a cautela, especialmente por vivermos em um cenário em que podem surgir novas variantes de preocupação (VOCs) capazes de escapar, ainda que parcialmente, da imunidade adquirida pelas vacinas e causar novas ondas da doença.

As medidas recomendadas são simples: higienizar as mãos com água e sabão ou álcool em gel 70%, usar máscaras corretamente e manter o distanciamento social, evitando qualquer tipo de aglomeração.

9. Já tive ou estou com Covid-19. Posso ou devo ser vacinado?

Como a duração da proteção natural gerada pela própria doença é desconhecida e por existir a possibilidade de reinfecção, a vacinação é indicada, independentemente do histórico de Covid-19. Mas para vacinar é necessário adiar a vacinação até o completo restabelecimento e no mínimo quatro semanas após o início dos sintomas. Pessoas assintomáticas e que tiveram resultado positivo no exame de RT-PCR também devem aguardar quatro semanas para se vacinar.

10. No caso das vacinas de duas doses, o que acontece se eu tomar só uma dose? Posso me considerar protegido?

Não. Os dados de eficácia conhecidos e comprovados referem-se aos esquemas completos, principalmente no que diz respeito à proteção contra novas variantes. Além disso, é importante destacar que o Ministério da Saúde recomenda dose de reforço para todas as pessoas a partir de 18 anos de idade.

11. O que acontece se alguma dose atrasar?

Para garantia da eficácia esperada e documentada nos estudos, as doses das vacinas devem ser aplicadas de acordo com os intervalos estipulados para cada uma. No entanto, em caso de atraso, não é preciso recomeçar o esquema e basta completá-lo.

12. O que fazer se eu tomar a segunda dose em intervalo menor que o recomendado em bula?

A dose deverá ser desconsiderada e outra dose deve ser aplicada no intervalo correto.

13. Posso fazer a primeira dose com uma vacina e a segunda dose com outra?

De maneira geral, os indivíduos devem preferencialmente completar o esquema com a mesma vacina, pois ainda não há estudos de eficácia/efetividade e segurança em larga escala de esquemas com vacinas de diferentes fabricantes e plataformas. No entanto, estudos menores publicados recentemente indicam que a intercambialidade entre as vacinas Pfizer e AstraZeneca levam a uma resposta imune vigorosa, com bom perfil de segurança. A Organização Mundial da Saúde, diante dos dados, passou a orientar que vacinas diferentes sejam usadas em situações excepcionais, em que não seja possível administrar a segunda dose com o mesmo produto, como na falta do imunizante, contra indicações ou precauções em relação a eventos adversos, anafilaxia após primeira dose, entre outras. O Ministério da Saúde, em consonância com as orientações internacionais, publicou Nota Técnica na qual recomenda que a intercambialidade seja adotada nas mesmas situações.

14. Serão necessárias doses adicionais ou reforços regulares das vacinas Covid-19?

Sim. Apesar de não conhecermos a duração exata da proteção em vacinados e em quem se infectou ou desenvolveu a Covid-19, já sabemos que a dose de reforço é necessária para aumentar ou prolongar a imunidade. Informações futuras poderão esclarecer se mais reforços deverão ser administrados.

15. Posso tomar outra vacina ou imunoglobulina junto com a vacina Covid-19?

Pode. O Ministério da Saúde deixou de recomendar intervalo entre a administração das vacinas Covid-19 e demais vacinas ou imunoglobulinas em 28 de setembro de 2021. A exceção são pessoas que tiveram Covid-19 e utilizaram como parte do tratamento anticorpos monoclonais, imunoglobulina ou plasma convalescente específicos contra o Sars-CoV-2. Nesses casos, a orientação é aguardar, preferencialmente, 90 dias.

16. É aconselhável recomendar antitérmicos, anti-inflamatórios ou anti-histamínicos antes da vacina COVID-19 para indivíduos com histórico de alergia ou de eventos adversos pós-vacinação?

Medicamentos para reduzir a febre e a dor podem ser indicados para tratar sintomas locais ou sistêmicos após a vacinação, se necessário. A administração antes da vacinação não é recomendada porque não conhecemos se isso pode afetar as respostas à vacina. Pelo mesmo motivo, a administração de anti-histamínicos antes da vacinação não é recomendada. Os anti-histamínicos não preveniram quadros de anafilaxia e têm o potencial de mascarar sintomas cutâneos, o que pode atrasar o diagnóstico e o pronto tratamento.

17. As vacinas podem ser aplicadas se há suspeita de Covid?

Diante de quadro sugestivo ou confirmado de covid-19, a vacinação contra deve ser adiada até a recuperação clínica total e pelo menos quatro semanas após o início dos sintomas ou do resultado positivo de PCR-RT.

18. O exame de sorologia demonstrou que tenho anticorpos contra a covid-19. Estou protegido?

Até o momento, a única conclusão a que a presença de IgG/IgM contra a covid-19 no organismo permite chegar é a de que houve contato prévio com o vírus. Ainda não se sabe o nível de anticorpos necessário para evitar a doença, se os anticorpos desenvolvidos em resposta à infecção por SARS-CoV-2 são neutralizantes, se impedem a transmissão ou por quanto tempo vão durar. Por esses motivos, o resultado dos testes não permite descartar a vacinação e as demais medidas preventivas nem aferir a resposta vacinal.

19. Quais vacinas Covid-19 podem ser administradas às gestantes e puérperas*?

Nesses casos devem ser administradas as vacinas: Coronavac ou Pfizer. Há contraindicação para as vacinas AstraZeneca e Janssen

*Puérperas: mulheres que se encontram até 45 dias após o parto.

20. Quais são as contraindicações para as vacinas Covid-19?

A única contraindicação para as vacinas Covid-19 atualmente disponíveis ocorre quando a pessoa apresentou reação alérgica grave (por exemplo, anafilaxia) após dose anterior da vacina. No caso da vacina AstraZeneca, também é contraindicada sua aplicação em pacientes que, após a vacinação com qualquer vacina para a Covid-19, sofreram trombose venosa e/ou arterial importante em combinação com trombocitopenia.

REFERÊNCIAS

. 12ª edição do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a COVID-19 (01/02/2022).

. Nota Técnica Nº 6/2022-SECOVID/GAB/SECOVID/MS - Vacinação de crianças de 6 ou mais e adolescentes até 17 anos com a Coronavac - 21/01/2022

. Nota Técnica Nº 65/2021-SECOVID/GAB/SECOVID/MS - Antecipação do intervalo para dose de reforço de vacinas contra a Covid-19 em pessoas com mais de 18 anos e imunossuprimidos - 20/12/2021

. Comunicação de Risco Nº20 - CIEVS/CGEMSP/DSASTE/SVS/MS - Nova variante (ômicron) do SARS-CoV-2 identificada na África do Sul - 26/11/2021

. Nota Técnica Nº 61/2021-SECOVID/GAB/SECOVID/MS - Administração de dose de reforço (segunda dose) da vacina Janssen em pessoas com mais de 18 anos, com exceção das gestantes e puérperas. - 23/11/2021

. Nota Técnica Nº 59/2021-SECOVID/GAB/SECOVID/MS – Administração de dose de reforço de vacinas contra a Covid-19 em pessoas com mais de 18 anos - 17/11/2021

. Nota Técnica Nº 1203/2021-CGPNI/DEIDT/SVS/MS - Atualizações das orientações referentes a coadministração das vacinas covid-19 e as demais vacinas do calendário vacinal - 28/09/2021

. Nota Técnica Nº 43/2021-SECOVID/GAB/SECOVID/MS – Administração de dose adicional e de reforço de vacinas contra a Covid-19 (retificação) — 20/09/2021

. Nota Técnica Nº 36/2021-SECOVID/GAB/SECOVID/MS - Inclui crianças e adolescentes entre 12 e 17 anos, bem como gestantes, puérperas e lactantes sem comorbidades no público-alvo da vacinação contra a covid-19 — 02/09/2021

. Nota Técnica Nº Nº 933/2021-CGPNI/DEIDT/SVS/MS – Atualização das orientações para a investigação da Síndrome de Trombose com Trombocitopenia no contexto da vacinação contra a Covid-19 no Brasil. — 20/08/2021

. Nota Técnica Nº 27/2021-SECOVID/GAB/SECOVID/MS – Administração de dose de reforço de vacinas contra a Covid-19 - 28/06/2021

. Nota Técnica Nº 6/2021-SECOVID/GAB/SECOVID/MS – Orientações referentes a intercambialidade das vacinas Covid-19 — 23/07/2021

. Nota Técnica Nº 2/2021-SECOVID/GAB/SECOVID/MS – Atualização das recomendações referentes a vacinação contra a covid-19 em gestantes e puérperas até 45 dias pós-parto — 06/07/2021

. Nota Técnica Nº 33/2021/SEI/GEVIT/GGTPS/DIRE3/ANVISA - Informações sobre os produtos para diagnóstico in vitro para detecção de anticorpos neutralizantes contra o vírus SARS-CoV-2 — 30/03/2021

. Nota Técnica DAPES/SAPS/MS Nº1/2021 - Recomendações referentes a administração de vacinas Covid-19 em gestantes, puérperas e lactantes, incluindo esclarecimentos que devem ser fornecidos para tomada de decisão — 15/03/2021

Boletim Epidemiológico 09 Vol. 52 - Situação epidemiológica dos eventos adversos pós-vacinação contra a Covid-19, Brasil, 2021 — 15/03/2021

. Nota Técnica da Sociedade Brasileira de Imunizações: sorologia para avaliar resposta à vacina COVID-19 não é recomendada – Dosagem de anticorpos neutralizantes não é suficiente para chegar a conclusões sobre a proteção contra o SARS-CoV-2 após a vacinação - 25/03/2021.

 


1. Já que as vacinas COVID-19 não conseguem prevenir tão bem a infecção assintomática ou a transmissão,
como convencer as pessoas a se vacinarem?
Evidências indicam que pessoas totalmente vacinadas têm menos probabilidade de infecção, de adoecer de forma
grave e de transmitir o vírus a outras pessoas. O grau de proteção, entretanto, pode variar de acordo com a resposta
imunológica de cada indivíduo, das variantes do vírus em circulação e do tempo decorrido desde a vacinação. É
importante ressaltar que completar o esquema é essencial para obter a proteção máxima contra a doença. Além
disso, com um grande percentual da população adequadamente vacinado, podemos reduzir a circulação do vírus, as
chances de infecção das pessoas que não respondem bem às vacinas ou não podem ser vacinadas e dificultar o
surgimento de variantes mais agressivas.
2. Quais são as vacinas Covid-19 utilizadas no Brasil?
No Brasil encontram-se disponibilizadas as vacinas:
a Butantan/Sinovac (Coronavac): vacina de vírus inativado;
b Pfizer/BioNTech: vacina de RNA mensageiro (mRNA);
c Fiocruz/Oxford/AstraZeneca e Janssen/Johnson: vacina baseada em vetores não replicantes.
3. As vacinas são eficazes contra as novas variantes do SARS-CoV-2 que surgiram até o momento?
As evidências atuais indicam que pode haver alguma perda de eficácia a depender da variante e da vacina,
sobretudo com esquemas incompletos. No entanto, as vacinas continuam cumprindo seu principal papel: mesmo
com aumento de casos por novas variantes, a maioria dos pacientes graves e internados são pessoas que não se
vacinaram. Se alguma variante escapar das vacinas atuais, os esquemas vacinais poderão ser revisados e os
fabricantes rapidamente poderão adaptar suas vacinas.
 
4. E quanto à segurança das vacinas Covid-19, o que sabemos?
As vacinas aprovadas no Brasil apresentam um perfil de segurança semelhante ao das outras que utilizamos há
anos. Elas não causam efeitos colaterais importantes na maioria das pessoas que as recebem. Não podemos
esquecer que eventuais riscos de raros eventos adversos graves pós-vacinais são muito menores do que as
consequências e complicações da própria Covid-19.
5. Quanto tempo é necessário para ficar imunizado?
Estima-se que o potencial máximo de proteção seja atingido cerca de duas semanas após a última dose do esquema
primário.
6. Posso ter a doença mesmo após receber todas as doses da vacina?
Nenhuma vacina tem 100% de eficácia. É possível desenvolver a doença após a vacinação, mas as chances de
Covid-19 grave são baixas. Por esse motivo é que o Ministério da Saúde recomenda a dose de reforço quatro meses
após a última dose do esquema primário. Já os imunossuprimidos devem receber esquema primário de três doses e
um reforço quatro meses após a terceira dose.
7. Para que aconteça a tal “imunidade de rebanho”, quanto da população brasileira precisará ser vacinada?
A imunidade coletiva, ou de rebanho, é obtida quando a maior proporção de indivíduos em uma comunidade está
protegida, seja porque teve a doença ou porque foi vacinada. Com poucas pessoas vulneráveis, a circulação do
agente que causa a doença cai, protegendo de modo indireto aqueles que não estão imunizados. A porcentagem
necessária de vacinados para conseguirmos a imunidade de rebanho varia de acordo com a doença e com a
efetividade da vacina. Ainda faltam informações sobre qual o percentual exato de imunizados é necessário para a
adequada imunidade coletiva contra a Covid-19, sobretudo se consideramos a possibilidade de surgimento de
 
variantes que podem escapar às vacinas. Contudo, dada a grande capacidade de contágio do SARS-CoV-2
(inclusive por assintomáticos), quanto maior a cobertura vacinal, maior a redução na circulação viral, menor a
transmissão e, consequentemente, menor a chance de os vírus produzirem variantes.
8. Depois de vacinado, preciso continuar a usar máscara e manter distanciamento de outras pessoas?
Apesar de a vacinação ter reduzido de forma drástica o número de casos e mortes por Covid-19 no Brasil e de
sabermos que a taxa de transmissão a partir de pessoas vacinadas é mais baixa, as vacinas ainda não são capazes de
prevenir totalmente a transmissão e a infecção. É preciso manter a cautela, especialmente por vivermos em um
cenário em que podem surgir novas variantes de preocupação (VOCs) capazes de escapar, ainda que parcialmente,
da imunidade adquirida pelas vacinas e causar novas ondas da doença.
As medidas recomendadas são simples: higienizar as mãos com água e sabão ou álcool em gel 70%, usar máscaras
corretamente e manter o distanciamento social, evitando qualquer tipo de aglomeração.
9. Já tive ou estou com Covid-19. Posso ou devo ser vacinado?
Como a duração da proteção natural gerada pela própria doença é desconhecida e por existir a possibilidade de
reinfecção, a vacinação é indicada, independentemente do histórico de Covid-19. Mas para vacinar é necessário
adiar a vacinação até o completo restabelecimento e no mínimo quatro semanas após o início dos sintomas. Pessoas
assintomáticas e que tiveram resultado positivo no exame de RT-PCR também devem aguardar quatro semanas
para se vacinar.
10. No caso das vacinas de duas doses, o que acontece se eu tomar só uma dose? Posso me considerar
protegido?
Não. Os dados de eficácia conhecidos e comprovados referem-se aos esquemas completos, principalmente no que
diz respeito à proteção contra novas variantes. Além disso, é importante destacar que o Ministério da Saúde
recomenda dose de reforço para todas as pessoas a partir de 18 anos de idade.
11. O que acontece se alguma dose atrasar?
Para garantia da eficácia esperada e documentada nos estudos, as doses das vacinas devem ser aplicadas de acordo
com os intervalos estipulados para cada uma. No entanto, em caso de atraso, não é preciso recomeçar o esquema e
basta completá-lo.
12. O que fazer se eu tomar a segunda dose em intervalo menor que o recomendado em bula?
A dose deverá ser desconsiderada e outra dose deve ser aplicada no intervalo correto.
13. Posso fazer a primeira dose com uma vacina e a segunda dose com outra?
De maneira geral, os indivíduos devem preferencialmente completar o esquema com a mesma vacina, pois ainda
não há estudos de eficácia/efetividade e segurança em larga escala de esquemas com vacinas de diferentes
fabricantes e plataformas. No entanto, estudos menores publicados recentemente indicam que a intercambialidade
entre as vacinas Pfizer e AstraZeneca levam a uma resposta imune vigorosa, com bom perfil de segurança. A
Organização Mundial da Saúde, diante dos dados, passou a orientar que vacinas diferentes sejam usadas em
situações excepcionais, em que não seja possível administrar a segunda dose com o mesmo produto, como na falta
do imunizante, contra indicações ou precauções em relação a eventos adversos, anafilaxia após primeira dose, entre
outras. O Ministério da Saúde, em consonância com as orientações internacionais, publicou Nota Técnica na qual
recomenda que a intercambialidade seja adotada nas mesmas situações.
14. Serão necessárias doses adicionais ou reforços regulares das vacinas Covid-19?
Sim. Apesar de não conhecermos a duração exata da proteção em vacinados e em quem se infectou ou desenvolveu
a Covid-19, já sabemos que a dose de reforço é necessária para aumentar ou prolongar a imunidade. Informações
futuras poderão esclarecer se mais reforços deverão ser administrados.
15. Posso tomar outra vacina ou imunoglobulina junto com a vacina Covid-19?
 
Pode. O Ministério da Saúde deixou de recomendar intervalo entre a administração das vacinas Covid-19 e demais
vacinas ou imunoglobulinas em 28 de setembro de 2021. A exceção são pessoas que tiveram Covid-19 e utilizaram
como parte do tratamento anticorpos monoclonais, imunoglobulina ou plasma convalescente específicos contra o
Sars-CoV-2. Nesses casos, a orientação é aguardar, preferencialmente, 90 dias.
16. É aconselhável recomendar antitérmicos, anti-inflamatórios ou anti-histamínicos antes da vacina
COVID-19 para indivíduos com histórico de alergia ou de eventos adversos pós-vacinação?
Medicamentos para reduzir a febre e a dor podem ser indicados para tratar sintomas locais ou sistêmicos após a
vacinação, se necessário. A administração antes da vacinação não é recomendada porque não conhecemos se isso
pode afetar as respostas à vacina. Pelo mesmo motivo, a administração de anti-histamínicos antes da vacinação não
é recomendada. Os anti-histamínicos não preveniram quadros de anafilaxia e têm o potencial de mascarar sintomas
cutâneos, o que pode atrasar o diagnóstico e o pronto tratamento.
17. As vacinas podem ser aplicadas se há suspeita de Covid?
Diante de quadro sugestivo ou confirmado de covid-19, a vacinação contra deve ser adiada até a recuperação
clínica total e pelo menos quatro semanas após o início dos sintomas ou do resultado positivo de PCR-RT.
18. O exame de sorologia demonstrou que tenho anticorpos contra a covid-19. Estou protegido?
Até o momento, a única conclusão a que a presença de IgG/IgM contra a covid-19 no organismo permite chegar é a
de que houve contato prévio com o vírus. Ainda não se sabe o nível de anticorpos necessário para evitar a doença,
se os anticorpos desenvolvidos em resposta à infecção por SARS-CoV-2 são neutralizantes, se impedem a
transmissão ou por quanto tempo vão durar. Por esses motivos, o resultado dos testes não permite descartar a
vacinação e as demais medidas preventivas nem aferir a resposta vacinal.
19. Quais vacinas Covid-19 podem ser administradas às gestantes e puérperas*?
Nesses casos devem ser administradas as vacinas: Coronavac ou Pfizer. Há contraindicação para as vacinas
AstraZeneca e Janssen
*Puérperas: mulheres que se encontram até 45 dias após o parto.
20. Quais são as contraindicações para as vacinas Covid-19?
A única contraindicação para as vacinas Covid-19 atualmente disponíveis ocorre quando a pessoa apresentou
reação alérgica grave (por exemplo, anafilaxia) após dose anterior da vacina. No caso da vacina AstraZeneca,
também é contraindicada sua aplicação em pacientes que, após a vacinação com qualquer vacina para a Covid-19,
sofreram trombose venosa e/ou arterial importante em combinação com trombocitopenia.
REFERÊNCIAS
. 12a edição do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a COVID-19 (01/02/2022).
. Nota Técnica No 6/2022-SECOVID/GAB/SECOVID/MS - Vacinação de crianças de 6 ou mais e adolescentes até
17 anos com a Coronavac - 21/01/2022
. Nota Técnica No 65/2021-SECOVID/GAB/SECOVID/MS - Antecipação do intervalo para dose de reforço de
vacinas contra a Covid-19 em pessoas com mais de 18 anos e imunossuprimidos - 20/12/2021
. Comunicação de Risco No20 - CIEVS/CGEMSP/DSASTE/SVS/MS - Nova variante (ômicron) do SARS-CoV-2
identificada na África do Sul - 26/11/2021
. Nota Técnica No 61/2021-SECOVID/GAB/SECOVID/MS - Administração de dose de reforço (segunda dose) da
vacina Janssen em pessoas com mais de 18 anos, com exceção das gestantes e puérperas. - 23/11/2021
. Nota Técnica No 59/2021-SECOVID/GAB/SECOVID/MS – Administração de dose de reforço de vacinas contra a
Covid-19 em pessoas com mais de 18 anos - 17/11/2021
 
. Nota Técnica No 1203/2021-CGPNI/DEIDT/SVS/MS - Atualizações das orientações referentes a coadministração
das vacinas covid-19 e as demais vacinas do calendário vacinal - 28/09/2021
. Nota Técnica No 43/2021-SECOVID/GAB/SECOVID/MS – Administração de dose adicional e de reforço de
vacinas contra a Covid-19 (retificação) — 20/09/2021
. Nota Técnica No 36/2021-SECOVID/GAB/SECOVID/MS - Inclui crianças e adolescentes entre 12 e 17 anos,
bem como gestantes, puérperas e lactantes sem comorbidades no público-alvo da vacinação contra a covid-19 —
02/09/2021
. Nota Técnica No No 933/2021-CGPNI/DEIDT/SVS/MS – Atualização das orientações para a investigação da
Síndrome de Trombose com Trombocitopenia no contexto da vacinação contra a Covid-19 no Brasil. —
20/08/2021
. Nota Técnica No 27/2021-SECOVID/GAB/SECOVID/MS – Administração de dose de reforço de vacinas contra a
Covid-19 - 28/06/2021
. Nota Técnica No 6/2021-SECOVID/GAB/SECOVID/MS – Orientações referentes a intercambialidade das vacinas
Covid-19 — 23/07/2021
. Nota Técnica No 2/2021-SECOVID/GAB/SECOVID/MS – Atualização das recomendações referentes a vacinação
contra a covid-19 em gestantes e puérperas até 45 dias pós-parto — 06/07/2021
. Nota Técnica No 33/2021/SEI/GEVIT/GGTPS/DIRE3/ANVISA - Informações sobre os produtos para diagnóstico
in vitro para detecção de anticorpos neutralizantes contra o vírus SARS-CoV-2 — 30/03/2021
. Nota Técnica DAPES/SAPS/MS No1/2021 - Recomendações referentes a administração de vacinas Covid-19 em
gestantes, puérperas e lactantes, incluindo esclarecimentos que devem ser fornecidos para tomada de decisão —
15/03/2021
 
Boletim Epidemiológico 09 Vol. 52 - Situação epidemiológica dos eventos adversos pós-vacinação contra a Covid-
19, Brasil, 2021 — 15/03/2021
 
. Nota Técnica da Sociedade Brasileira de Imunizações: sorologia para avaliar resposta à vacina COVID-19 não é
recomendada – Dosagem de anticorpos neutralizantes não é suficiente para chegar a conclusões sobre a proteção
contra o SARS-CoV-2 após a vacinação - 25/03/2021.
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