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3º Dia Escolar

3º Dia Escolar do IFSULDEMINAS apresenta indicadores da Plataforma Nilo Peçanha 

Evento incentiva servidores a refletirem sobre a identidade institucional

DSC 0047A terceira edição do Dia Escolar, promovido pela Pró-Reitoria de Ensino do Instituto Federal do Sul de Minas (IFSULDEMINAS), reuniu docentes e servidores da área pedagógica dos campi e da Reitoria nesta quarta-feira, 13 de junho. Sediado pelo Campus Inconfidentes e transmitido simultaneamente por meio do Canal TV IFSULDEMINAS aos demais campi, o evento trouxe como tema "10 ANOS DEPOIS... E AGORA?”. Teve como objetivo levantar discussões sobre a origem e as transformações dos institutos ao longo dessa década, com foco nos indicadores reunidos pela Plataforma Nilo Peçanha. O evento fez parte da agenda comemorativa aos 10 anos da instituição.

Participaram da abertura no auditório do Campus Inconfidentes os pró-reitores Giovane José da Silva (Ensino), Sindynara Ferreira (Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação) e Cleber Ávila Barbosa (Extensão), representando o reitor Marcelo Bregagnoli. Também estiveram presentes a professora Márcia Machado Rodrigues, diretora de Desenvolvimento de Ensino do Instituto, Evandro Moreira da Silva, diretor de Educação a Distância e mestre de cerimônias do evento, o diretor-geral do Campus Inconfidentes, Miguel Ângel Isaac del Pino, a equipe organizadora do Dia Escolar e servidores da Reitoria e do campus. Como parte da programação, o evento contou com a palestra do pesquisador da Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) e um dos responsáveis pela Plataforma Nilo Peçanha, professor Gustavo Henrique Moraes. 

O diretor-geral do Campus Inconfidentes abriu as atividades, agradecendo a presença de todos os participantes e do palestrante, além dos responsáveis pela organização do evento. Miguel ressaltou a importância de "parar para refletir e pensar no ensino e na educação como um todo”.

DSC 0019Giovane José da Silva, pró-reitor de Ensino, falou sobre a escolha do tema "10 ANOS DEPOIS... E AGORA?”, relembrando de quando chegou para lecionar no Campus Muzambinho, recém-formado em História pela Universidade Federal Fluminense, com dúvidas sobre o que era o Instituto Federal e como se diferenciava de uma Universidade. “Eu não tinha essa resposta, teria que descobri-la, refazê-la, reconstruí-la. Esse Dia Escolar vem para lidar com questões como essa, que eu acredito ter sido uma dúvida de todos. A nossa identidade e nossa institucionalidade é uma obra inacabada, apesar de sermos uma instituição que tem unidade com 100 anos, como é o caso do Campus Inconfidentes, até hoje nos perguntamos: Quem somos? Para onde vamos? O que queremos?”.

Cleber Ávila Barbosa, que falou em nome do reitor Marcelo Bregagnoli, deu as boas-vindas aos participantes, agradeceu ao diretor-geral do Campus Inconfidentes pela acolhida e ao palestrante por trazer à discussão um tema tão relevante. Para ele, o Dia Escolar é uma iniciativa que traz um momento para refletir sobre os rumos, desafios e eixos de atuação, considerando que o tema abordado retrata os 10 anos do Instituto Federal e a importância de indicadores. “Algo que o reitor Marcelo Bregagnoli sempre tem destacado por entender que esse é caminho que promove a mudança. Temos buscado não só indicadores quantitativos, mas também qualitativos e conseguimos alcançar resultados que têm feito diferença na Rede”. Ele fez questão de destacar que o Instituto, hoje, conta com 46 cursos técnicos, 17 bacharelados, 13 licenciaturas, 11 pós-graduações. “Nos últimos 10 anos, foram contratados mais de 700 servidores. Passamos de 1 mil servidores e saltamos de 4 mil alunos para mais de 40 mil. É um trabalho muito intenso, uma dinâmica que precisamos parar para entender”, disse.

Palestra  

DSC 0030Antes de falar sobre os indicadores da Rede Federal e sobre a Plataforma Nilo Peçanha, o professor Gustavo Henrique Morais chamou atenção para o fato de os institutos federais comemorarem uma década neste ano. “São 10 anos mesmo?”, indaga. Ele explicou ser contra a política de dizer que não havia nada antes da lei que criou os institutos. “São 10 anos dessa institucionalidade formalizada em Lei, lá no dia 29 de dezembro de 2008. Mas particularmente, para mim, nós não temos 10 anos, temos muito mais que isso. Uma reflexão que precisamos fazer é que são 10 anos dessa institucionalidade especifica, mas nunca apenas 10 anos de história”. Citou o exemplo do Campus Inconfidentes que completou 100 anos em 2018. “Estamos sob os ombros de gigantes, homens e mulheres que nos antecederam”.

Resgatando a trajetória de Nilo Peçanha, considerado o patrono da Rede Federal, o palestrante comentou o que considera o início da história da inclusão, com a criação da escola para os desfavorecidos da fortuna. “Muitas pessoas tentam resgatar uma história imprópria dessa Rede, mas ela já nasce com cara de inclusão”.

Durante a palestra, Gustavo apresentou vários indicadores extraídos da Plataforma Nilo Peçanha, enfatizando a importância de olhar para esses dados de forma a compreender quem e quantos somos, onde estamos e como desempenhamos nossas atividades. “A Plataforma é uma estrutura de indicadores e estatísticas da Rede Federal que pode nos auxiliar na missão de descobrir nossa institucionalidade. Por exemplo, mensurar quantas matrículas temos, quantos ingressantes e concluintes, indicadores de evasão, custo por matrícula, de maneira que possamos conhecer melhor a nossa realidade para agir sobre ela”.

Defendeu a educação técnica como excelente instrumento de ascensão social, ao apresentar os dados estatísticos coletados pelo IBGE sobre os vencimentos do profissional técnico e não técnico. “Muita gente fala que curso técnico é para manter a pessoa na pobreza, mas é possível comparar os vencimentos”. De acordo com os dados apresentados, profissionais com formação técnica recebem mais, se comparados a profissionais de formação média.

Outro indicador destacado pelo palestrante, foi o desempenho dos estudantes da Rede Federal nas provas objetivas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). De acordo com Gustavo, todos os anos, os jornais publicam que o melhor desempenho é das escolas privadas, mas a melhor média das provas objetivas (ensino propedêutico) é da Rede Federal. No ensino técnico, o desempenho é muito próximo da Rede Privada.

Para Gustavo, levantamentos estatísticos sempre carregarão traços de como enxergamos a realidade. “Mesmo a matemática já está carregada de teoria, a ciência nunca é tão exata assim. Definir quais categorias usaremos, já diz muito sobre como pensamos o que estamos medindo”.

Os participantes tiveram, ainda, oportunidade de encaminhar perguntas para serem respondidas pelo palestrante. Para finalizar, Gustavo aconselhou todos a utilizarem a plataforma, filtrarem suas instituições e olharem para a sua realidade.

O pró-reitor de Ensino encerrou o evento esclarecendo que o Dia Escolar deveria culminar em uma atividade prática, porém essa edição deixou como desafio aos participantes concluir, no segundo semestre, um exercício, com base nos indicadores, para refletir sobre a oferta feita pelo Instituto. Posteriormente, esse material será condensado em um relatório. Para a gestão, o desafio é unificar um sistema acadêmico para que haja uma só linguagem e que possa gerar dados confiáveis.

Giovane falou, ainda, sobre o Programa de Estatísticas, Indicadores e Informações Acadêmicas (PEIA/IFSULDEMINAS) criado pelo Instituto. A iniciativa conta com apoio do discricionário do reitor, mas, ainda assim, necessita de apoio de matemáticos/estatísticos, pesquisadores da educação profissional, profissionais da área de TI, dentre outros. Foi feito um convite a todos que desejarem contribuir com o programa.

Assista ao evento!

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Texto: Ascom/IFSULDEMINAS - Reitoria

Fotos: Ascom/ Campus Inconfidentes

Data: 14/06/2018

Atualização: 15/06/2018

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