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Projeto IF Solar

IF SOLAR: Projeto inovador do IFSULDEMINAS possibilita a geração de energia solar em 82 unidades da Rede Federal

Economia para o IFSULDEMINAS deve chegar a R$ 600 mil por ano

Na manhã desta quinta-feira, 22 de setembro, o reitor do Instituto Federal do Sul de Minas (IFSULDEMINAS), professor Marcelo Bregagnoli, assinou contrato com a empresa Silveira Engenharia e Construções LTDA, para a implantação de usinas fotovoltaicas destinadas à geração de energia na instituição. A empresa contratada é uma das ganhadoras do processo licitatório para a escolha dos responsáveis pela execução do projeto IF Solar, cujo objetivo é implantar painéis solares fotovoltaicos para geração de energia elétrica em 82 unidades da Rede Federal de Educação, Profissional, Científica e Tecnológica.

Se buscar fontes alternativas de geração de energia tem sido uma dificuldade para a maioria das instituições, para o IFSULDEMINAS essa motivação se tornou um grande desafio que resultou em um projeto inovador e pioneiro com a proposta de unir sustentabilidade à economia de recursos financeiros. Com a implantação do sistema, previsto para ocorrer nas próximas semanas, a radiação solar será transformada em energia elétrica, o que permitirá uma economia de mais de R$ 600 mil por ano ao IFSULDEMINAS.

De acordo com o diretor de Desenvolvimento Institucional, Paulo Roberto Ceccon, trata-se de um investimento impactante e com retorno garantido e relativamente rápido para a instituição. Cada usina foi negociada por R$ 467.438,00 Segundo os cálculos do diretor, considerando a economia que o sistema deve gerar à instituição, levará menos de quatro anos para o IFSULDEMINAS recuperar os investimentos de implantação do projeto.

As placas fotovoltaicas com potência aproximada de 70 KWp tem como objetivo atender à demanda energética e também serão utilizadas para cobrir os estacionamentos da Reitoria e das unidades em Passos, Poços de Caldas, Inconfidentes, Machado e Muzambinho. Os três campi mais antigos tiveram 50% do valor das usinas custeados pela Reitoria. Já o Campus Pouso Alegre não contará com o sistema, pois optou por utilizar o recurso para equipar os laboratórios da unidade.

Para oficializar a contratação da empresa, também estiveram presentes os pró-reitores Flávio Calheiros (Desenvolvimento Institucional); Honório José de Morais Neto (Administração); o diretor de Desenvolvimento Institucional, Paulo Roberto Ceccon; e a coordenadora-geral de Contratos e Convênios, Márcia Carvalhaes, o coordenador-geral de Licitações e Compras, Marco Antônio Azevedo.

Como tudo começou

A ideia de investir nesse projeto surgiu, em 2015, com o professor Sérgio Pedini, então pró-reitor de Desenvolvimento Institucional. Pedini solicitou ao diretor de Desenvolvimento Institucional um estudo da viabilidade técnica de implantação do projeto. Inicialmente, esse estudo foi feito em conjunto com várias empresas e com os docentes Ezequiel Junio de Lima e Bruno Eduardo Carmelito, especialistas do Campus Poços de Caldas. Após a avaliação técnica e o cálculo da economia para a instituição e com o total apoio do reitor Marcelo Bregagnoli, a Pró-Reitoria de Desenvolvimento Institucional (Prodi) deu início ao processo.

Projeto beneficiará 82 unidades da Rede Federal

Com a apresentação do projeto pelo reitor, Marcelo Bregagnoli, ao Conselho Nacional das instituições da Rede Federal (Conif) e à Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC), mais 15 institutos de diferentes regiões do Brasil aderiram ao processo. No total, foram licitadas 82 usinas fotovoltaicas que somaram o investimento de aproximadamente R$ 41 milhões. A iniciativa pioneira do IFSULDEMINAS abriu caminhos para outras instituições e o esforço das pró-reitorias de Desenvolvimento Institucional e Administração e a colaboração dos docentes junto ao projeto permitiu o sucesso do trâmite.

O reitor Marcelo Bregagnoli explicou que além de representar a atuação conjunta da rede, a aquisição das 82 usinas mostra à sociedade que o institutos federais tem o meio ambiente como ação prioritária, associada à importância educacional da iniciativa. “Essa foi a maior compra via Regime Diferenciado de Contratações (RDC) realizada na Rede Federal, visando a economicidade e sustentabilidade das instituições no que se refere ao atendimento das necessidades energéticas Essas usinas serão laboratórios para nossos discentes, visando potencializar a utilização de fontes renováveis para a geração de energia. Através desta ação inédita e pioneira, a Rede Federal efetiva a maior compra de usinas solares no serviço público federal."

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano foi uma das instituições da Rede Federal que aderiram ao processo. O reitor Geovane Nascimento estima que a instituição deve economizar 40% do consumo anual de energia elétrica com a implantação do projeto. Ele esclareceu que pretende implantar as paineís solares fotovoltaicos em 14 campi e também na Reitoria. “A iniciativa em tela, apresentada e liderada pelo professor Marcelo Bregagnoli, reitor do IFSULDEMINAS, representa a ação de maior impacto da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, em termos de economia de energia elétrica. Assim, acredito que o Ministério da Educação continuará apoiando esse projeto.”

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul Rio Grandense (IFSUL) também implantará o projeto. Segundo as estimativas do engenheiro civil Elton Luiz Pedroso, diretor de Projetos e Obras da instituição, a economia será em torno de R$ 27 mil por mês. Ele explicou que o investimento deve ser recuperado em pouco tempo e que representará uma redução significativa nos valores gastos em custeio.

Confira as demais instituições que participam do processo:

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (IFES) - 2 usinas
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins (IFTO) - 2 usinas
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (IFBAIANO) - 2 usinas
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Rio-Grandense (IFSUL) - 2 usinas
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília (IFB) - 2 usinas
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG) - 2 usinas
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano (IFGOIANO) - 1 usina
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná (IFPR) - 2 usinas
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Mato Grosso do Sul (IFMS) - 2 usinas
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Mato Grosso (IFMT) - 10 usinas
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO) - 3 usinas
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) - 29 usinas
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR) - 3 usinas
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Norte De Minas (IFNMG) - 7 usinas
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG) - 4 usinas

Pioneirismo na contratação do serviço

Nesse cenário, onde o sol se tornou uma das grandes apostas mundiais para fonte energética, a inovação não ficou restrita apenas à iniciativa e ao projeto. Para a contratação do serviço, o IFSULDEMINAS optou por uma nova modalidade de licitação, o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC) e pelo Regime da Contratação Integrada. Essa modalidade mais recente na legislação de licitações permite contratar o projeto e a execução da obra no mesmo certame licitatório quando o objeto envolve a inovação tecnológica ou técnica e a possibilidade de execução com diferentes metodologias ou com tecnologias de domínio restrito no mercado.

A sessão pública ocorreu no mês de agosto de forma presencial e contou com a participação de nove empresas. Para viabilizar a concorrência e possibilitar preços diferentes nas diversas regiões do país, o processo licitatório foi dividido em 15 grupos. A licitação foi realizada pelo tipo Maior Desconto, no qual as empresas oferecem um percentual de desconto sobre o preço estimado pela administração.

De acordo com o pró-reitor de Administração, Honório José de Morais Neto, todo o processo foi feito pelo Sistema de Registro de Preços, o que permitiria que outros órgãos da Administração Pública participassem. Ele esclareceu que a iniciativa foi um grande desafio para a Pró-Reitoria de Administração, tanto para a gestão como para os setores envolvidos, Licitação e Contratos responsáveis pela condução da licitação e também para os demais setores que diretamente ou indiretamente ajudaram no processo. “Sou servidor do IFSULDEMINAS desde a sua criação e o termo 'em rede' sempre foi utilizado. Agora, através do projeto de aquisição dos painéis fotovoltaicos aos Institutos Federais, tivemos a oportunidade de demonstrar na prática, como podemos trabalhar juntos. Esse foi o maior processo já realizado pela nossa instituição. Agradeço a todos os servidores por esse feito. A proposta da Proad do IFSULDEMINAS é fazer com que nosso setor seja reconhecido pela excelência no serviço que presta, e nesse caso não apenas internamente mas por toda Rede Federal.

Entenda as vantagens para o meio ambiente e como o sistema funciona

A energia solar é limpa e renovável, portanto apresenta muitas vantagens para o meio ambiente e para a saúde das pessoas, já que não emite gases poluentes ou outros tipos de resíduos. Cada sistema proposto gerará em média 104,88 MWh por ano. Desse modo, cada usina instalada evitará a emissão de 30.608 quilogramas de dióxido de carbono (CO2) ao ano no meio ambiente.

No sistema fotovoltaico, a energia elétrica é produzida pela radiação solar. As células fotovoltaicas (ou células solares) são fabricadas a partir de materiais semicondutores (normalmente o silício). Quando a célula é exposta à luz, parte dos elétrons do material iluminado absorve fótons (partículas de energia presentes na luz solar).

Os elétrons livres são transportados pelo semicondutor até serem puxados por um campo elétrico que é formado na área de junção dos materiais, por uma diferença de potencial elétrico existente entre os materiais semicondutores. Os elétrons livres são levados para fora da célula solar e ficam disponíveis para serem usados na forma de energia elétrica.

Uma das vantagens do sistema solar fotovoltaico é que ele não requer alta radiação solar para funcionar. Contudo, a quantidade de energia gerada depende da densidade das nuvens, que em número menor pode resultar em uma maior produção de eletricidade, quando comparada a dias de céu completamente aberto, devido ao fenômeno da reflexão da luz solar.

Texto: Ascom/IFSULDEMINAS - Reitoria

Data: 22/09/2016

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